quinta-feira, 27 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
AgroVida
O Que É o AgroVida?
O Grupo AgroVida - Movimento de Apoio a Agricultura Familiar e Agropecologia é uma entidade civil, sem fins lucrativos, fundado em 12 de fevereiro de 2004 e tem como Missão:
"Desenvolver e experimentar metodologias participativas com professores, estudantes, agricultores (as) familiares, técnicos(as)e gestores (as) rurais, inserido no contexto da Agricultura Familiar por meios de princípios educativos baseados na Agroecologia, facilitando o desenvolvimento rural sustentável bem como estimular parcerias, o diálogo local e a solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, visando á construção de políticas públicas de educação para o campo".
Como Surgiu o AgroVida?....
Em novembro de 2002, um grupo de estudantes, oriundos de cidades do interior da Bahia (alguns deles filhos de agricultores familiares), ingressa na antiga Escola de Agronomia da UFBA, com anseios de adiquirirem conhecimentos técnicos que o possibilitassem, ao retornarem ás suas cidades de origem, aplicá-los de forma a contribuir para melhores expectativa e qualidade de vida da população.
Perplexos com a falta de disciplinas e atividades voltadas ao pequeno produtor, os integrantes do AgroVida começaram a questionar que tipo de profissional estava sendo formado e se a formação desses profissionais atenderia às demandas da sociedade. Desde então, iniciara um movimento que trazia para o bojo dos debates universitários, os temas: Agricultura Familiar e Agroecologia.
Esses estudantes passaram a se reunir toda semana e tinha a participação de jovens de todas as regiões do Estado da Bahia e, discutiam entre outros temas, alternativas para a formação dos profissionais das ciências agrárias. Conheceram então os agricultores do Projeto Volta à Terra que produzem alimentos para a subsistência nas terras da atual UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). Mas ao longo dos anoso projeto foi sendo esquecido pela Universidade e o que deveria ser um projeto piloto na área de pesquisa, ensino e extensão, estava com os dias contados.
Os trabalhos desenvolvidos pelo AgroVida construiram uma parceria com o Projeto e conquistou o apoio da atual Reitoria e de alguns Professores (as). Este apoio foi importante porque sensibilizou a Universidade da necessidade de reformular o Projeto Volta à Terra que além de capacitar e assessorar os agricultores irá também servir de instrumento pedagógico para os estudantes. O processo de reformulação do Projeto foi iniciado em 2006 e provavelmente será concluído em 2007 com apoio do NAAF - Núcleo de Agricultura Familiar e Agroecologia/UFRB.
Diante do desafio de construir modelos de agricultura sustentável, com responsabilidade social e ambiental, o AgroVida vem realizando todos os anos o Encontro Sobre Agroecologia e Agricultura familiar na UFRB. Estes encontros têm como públicos alvo, os(as) agricultores(as) familiares, estudantes, gestores(as) e lideranças com o objetivo de aproximar a Universidade da Sociedade proporcionando espaçosde debates e interação entre os diversos atores sociais. Nos últimos encontros realizados foi elaborado um documento, assinado por representantes de ONG's, Estudantes e Universidade, e entregue aos realizadores do evento (AgroVida, UFRB, FETRAF-BA). Uma dessas demandas foi a criação de um Núcleo de Agricultura Familiar e Agroecologia (NAAF) que servisse de referência para todo o Estado da Bahia. Foi mais uma conquista! O NAAF já tem sede própria e começou as atividades no 1º semestre de 2007. Este ano realizou o 3º Encontro Sobre Agroecologia e Agricultura Familiar.
Assim nasce o grupo AgroVida, comprometido com a formação de profissionais que atendam as demandas sociais, contribuindo para que a universidade se aproxime cada vez mais da sociedade.
Como se filiar no AgroVida!
Os interessados em trabalhar com Agricultura Familiar e Agroecologia, procurar qualquer membro do AgroVida ou enviar e-mail para agrovida_ufba@yahoo.com.br.
Requesitos para participar do AgroVida:
1.Ter interesse pelas temáticas: Agroecologia e Agricultura Familiar;
2. Ser matriculado em qualquer curso da UFRB.
Contatos: agrovida_ufba@yahoo.com.br
Técnico: Unknown às 25.9.07 0 comentários
Marcadores: Agroecologia, AgroVida, Entidades
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
VIII EXPOPINTADAS - 08 A 11 DE NOVEMBRO DE 2007
COM INCLUSÃO DE GADO LEITEIRO E AGRICULTURA FAMILIAR
DE 08 A 11 DE NOVEMBRO 2007
PINTADAS-BA
Durante 04 dias, estarão em exposição os ovinos, caprinos, bovinos leiteiro e produtos da agricultura familiar, não só de Pintadas, como de cidades de toda a Bahia (Ipirá, Feira de Santana, Mairi, Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Riachão do Jacuípe e outras).
COOAP - COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL PINTADAS LTDA
DIOMÉCIO JUVENCIO - PRESIDENTE
EMAIL- cooap1@yahoo.com.br
PREFEITO VALCYR RIOS
SADE - SECRETARIA MUL. DE AGRICULTURA
E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
DERNIVAL EPIFÂNIO
SECRETÁRIO DE AGRICULTURA
SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA
VALBERTO SENA - SECRETÁRIO
PROGAMAÇÃO
08:00 às 23:00- ENTRADA DOS ANIMAIS NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES.
Exigencias Sanitárias
GTA (todos os animais);
Atestado Clinico Negativo de Epididimite (ovinos machos acima de 06 meses)
não será permitida a entrada de animais com Linfadenite, mastite, ou que esteja debilitado;
Bovinos: exames de Tuberculose e Brucelose.
09/11/2007 Sexta-Feira
08:00 às 12:00 - MENSURAÇÃO E PESAGEM DOS ANIMAIS QUE IRÃO PARA JULGAMENTO.
apartir das 14:00 - JULGAMENTO DAS RAÇAS - BOER, DORPER, SANTA INÊS.
JULGAMENTO Dr JOSELITO ARAÚJO BARBOSA
21:00 - Show Musical
10/11/2007 Sábado
08:00 às 12:00 - Encerramento do Julgamento das Raças
14:00 às 15:00 - Premiação dos Campeões e Grandes Campeões
15:00 às 16:00 - Apresentação dos Animais que irão a Leilão
16:00 - Início do 4º Leilão Brilho das Raças
21:00 SHOW MUSICAL
11/11/2007 Domingo
08:00 às 10:00 - ENCERRAMENTO DA EXPOPINTADAS.
MERCADO CAPRINO-OVINOCULTURA NO BRASIL;
GERENCIAMENTO DE PROPRIEDADE;
QUALIDADE DO LEITE;
CERTIFICAÇÃO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO;
OBS.: SERÃO REALIZADAS OFICINAS DURANTE TODO O EVENTO.
HORÁRIOS SERÃO DIVULGADOS AQUI, APARTIR DE 15 DE OUTUBRO.
MAIORES INFORMAÇÕES - RESERVAS DE BAIAS (R$ 50,00)
FONE/FAX: 0XX75-3693-2215 RAMAL 25
sadepintadas@yahoo.com.br
Dernival, Delman, Nereide e Fábio
SADE - SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA
FONE/FAX: 0XX75-3693-2215
VALBERTO SENA
COOAP -COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL PINTADAS LTDA
FONE: 0XX75-3693-2323
cooap1@yahoo.com.br
Diomécio Juvêncio e Ademário
RESERVAS DE POUSADAS
POUSADA SENA -
FONE: 0XX75-3693-2235
POUSADA GERSOUZA -
FONE: 0XX75-3693-2113
POUSADA COLINA -
FONE: 0XX75-3693-2213
Técnico: Unknown às 20.8.07 0 comentários
Marcadores: EVENTOS
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Manejo alimentar - Ovinos
Reprodutor: | Volumoso |
Concentrado - antes e durante a estação de monta | |
0,300 - 0,500 kg/an/dia | |
Ovelha: | Volumoso |
Concentrado: Flushing reprodutivo | |
0,300 - 0,500 kg/an/dia | |
Gestação: | Volumoso |
Melhor pastagem 60 dias pré-parto | |
Feno (500gr) | |
Silagem (3 a 4 kg) | |
ou 1 kg de feno e 2 ou 3 kg de silagem | |
Concentrado: 300gr/an/dia | |
Lactação: | Volumoso |
Concentrado : 400 a 500 gr/an/dia | |
Cordeiro: | Aleitamento |
A partir dos 2 meses: | Volumoso à vontade |
Concentrado: 200 a 300 g/an/dia;elevando 100g/m até alcançar 1 kg/dia, em regra, 3% do p.v. de matéria seca e 10% de matéria verde. | |
6 Semanas: | 1,5 a 2 kg feno/dia de concentrado |
Fornecimento de água e sal mineral a todas as categorias, à vontade.
Observação:
- Alimentação para gestação: é responsável pelo crescimento do feto e formação dos folículos responsáveis pela produção de lã;
- Cordeiro - aleitamento: responsável pelo desenvolvimento dos folículos existentes;
- Ovelhas em lactação: produção de leite e lã (Proteína)
Considerando que os requerimentos nutricionais dos animais e as disponibilidades dos pastos variarem consideravelmente durante o ano, um bom esquema de manejo é aquele que é adequado aos períodos de maior necessidade alimentar dos animais (prenhez, lactação, crescimento) com os períodos de maior disponibilidade de pastos, todavia, isto depende das condições climáticas que varia muito a cada ano. Entretanto, o emprego de normas adequadas permite melhorar os principais parâmetros que caracterizam uma produção deficiente:
- alta mortalidade dos cordeiros nascidos em relação ao número de ovelhas acasaladas;
- pouco desenvolvimento dos animais na fase de crescimento;
- baixa quantidade de lã produzida por animal e
- alta porcentagem de lã de categoria inferior.
Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção:
- o momento de acasalar, sinalar e desmamar os cordeiros;
- o momento de tosquiar;
- o momento de dosificar, vacinar, banhar os animais e
- quando selecionar os animais.
Tem-se observado que a falta de conhecimento sobre alimentação, entre a maioria dos criadores, é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade das diferentes espécies e pelo manejo inadequado dos rebanhos em diferentes épocas e em determinadas circunstâncias.
Os nutrientes reconhecidos como essenciais são, geralmente, classificados de acordo com as propriedades químicas, físicas e biológicas em 6 grupos: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas.
Necessidades nutricionais
- Água: auxilia na dissolução ou suspensão de outros nutrientes; responsável pela conservação da forma do corpo e é vital no controle da temperatura corporal. Ela representa ao redor de 70% da composição do corpo do cordeiro, O ovino consome 1 -6 l/d.
- Hidratos de carbono ou glicídios: os açúcares, o amido e a celulose são hidratos de carbono que apresentam quase a mesma composição química, mas difere no processo de digestão pelo organismo animal. O hidrato de carbono não contém N, que é o elemento característico das proteínas, por isso, são encontrados como E.N.N. (açúcares, amido, hemicelulose) a outra parte dos hidratos de carbono são chamados de fibra bruta (celulose e outros glicídios). O valor destas duas frações para os ovinos se apresenta sob dois aspectos: 1º- a parte fibrosa dá volume à ração, fator importante na alimentsação dos herbívoros; 2º- a fração dos hidratos de carbono solúveis funciona como fonte de energia de utilização imediata.
- Proteínas: são formadas nas plantas pelo nitrogênio, fosfatos e outros sais obtidos do solo e combinadas com o carbono, oxigênio e hidrogênio. As proteínas que o ovino consome são quase exclusivamente de origem vegetal. As folhas e as sementes das plantas são fontes ricas em proteínas. A qualidade da proteína, nos ruminantes é sintetizada desde que receba materiais necessários, os diferentes aminoácidos, que são por sua vez formadores de proteínas. A principal função das proteínas é construir ou reparar os tecidos, que constituem os músculos, pele, órgãos internos, parte do tecido ósseo e nervoso. A lã é constituída por um composto protéico, a queratina. Os ovinos necessitam da proteína para o crescimento, reprodução, crescimento de 11, além da reposição de tecidos e fluidos do organismo.
- Gorduras: possuem os mesmos elementos químicos que os hidratos de carbono, porém, com menor proporção de oxigênio. Nos vegetais, pastos, fenos e silagens, o termo gordura, não diz respeito a gordura, propriamente dita, mas também outras substâncias esteróis, ceras, fosfolipídios, clorofilas, carotenos e outros pigmentos vegetais. Nas sementes, porém, o seu conteúdo em gordura, representa gordura verdadeira. A função da gordura é destinada a produção de calor e energia.
- Minerais: são indispensáveis para o animal e aumentam grandemente o valor da forragem. Os elementos minerais mais importantes geralmente contidos nos alimentos são; cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, ferro, cobre, enxofre, iodo, zinco, cloro e cobalto. Destinam-se, no organismo animal a atender às seguintes finalidades:
- formar os ossos e dar-lhes a necessária rigidez;
- constituir uma parte dos músculos, células do sangue e lã;
- integrar as substâncias solúveis que compõem a parte líquida do corpo;
- estimular a absorção dos alimentos e preservar de decomposição os princípios orgânicos consumidos;
- tonificar todos os sistemas do organismo animal, reforçando a resistência as doenças.
A quantidade de minerais contidos nas plantas forrageiras será diretamente proporcional ao teor desses alimentos contidos no solo.
- Vitaminas: importante para perfeito estado de saúde dos animais.
Vitamina "A" - sintetizada pelo animal à partir do caroteno das plantas: deficiência; cegueira noturna, perda de apetite, aborto, natimorto, infecções respiratórias é importante na reprodução; fonte;- forragens verdes, principalmente fenos;
Vitamina "K" - anti-hemorrágica, função: garantir a saúde dos vasos capilares. Os ruminantes a sintetizam no rúmen;
Vitamina "D" - regula a assimilação do Ca e P, evitando o raquitismo. É sintetizada pela presença do sol;
Vitamina "E" - importante na reprodução, está presente na maioria das forragens. A doença muscular branca em cordeiros é resultante de uma deficiência de vitamina E.
Vitamina "C" - é sintetizada pela maioria dos animais, sua inclusão é necessária para os cordeiros recém-nascidos.
Vitamina "B" - é sintetizado pelo rúmen do animaL O complexo B estimula o apetite, protege contra distúrbios nervosos e gastrointestinais e é essencial para a reprodução e lactação.
Alimentos:
Pastagens, Fenos e silagens, Palhadas e Concentrados
Introdução
Planejamento na forma de pastagens e preparo de alimentos complementares (rações e [ ] - concentrados); cuidados especiais com a sanidade do rebanho (vacinas, vermifugação e banhos sanitários), acompanhamento da cobertura, gestação e parto dos animais (assim como a sua desmama) e os preparativos para a tosquia e abate são os principais itens de manejo na ovinocultura.
Alimentação: Os ovinos possuem a capacidade de aproveitar alimentos fibrosos e grosseiros como capins, ramos e palhas. Isto se deve à constituição do aparelho digestivo - características dos ruminantes quando apresentam o estômago muito desenvolvido e dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso.
A capacidade de digestão e o aproveitamento de forragem, dependerão da eficiência de seu desempenho e da qualidade nutricional das forragens ou outros materiais fibrosos oferecidos como parte maior da dieta. Pesquisas realizadas em várias espécies ruminantes mostram que o ideal é o fornecimento mínimo de 50 a 70% da MS da dieta na forma de volumoso.
Portanto, a alimentação dos ovinos deve ser feita basicamente à pasto, havendo necessidade de suplementação somente em situações especiais. O fornecimento excessivo de concentrado, também pode favorecer a ocorrência de problemas fisiopatológicos nos animais, tais como, timpanismo, cetose, enterotoxemia e diarréias.
Hábito de pastejo: pasteja de preferência gramíneas, realizando corte uniforme e baixo nos vegetais, a medida que andam pela pastagem, já as raças deslanadas tendem a apresentar um comportamento semelhante ao dos caprinos, ingerindo uma quantia considerável de ramos e folhas fazendo um pastejo mais seletivo e menos uniforme. Outro aspecto importante do comportamento dos ovinos em pastagem é o fato de evitarem pasto alto (acima de sua altura). Nessa situação, o plantel tende a permanecer na periferia do posto, penetrando na pastagem somente após o rebaixamento do mesmo, através do pastejo ou pisoteio por bovinos ou roçadeiras.
Forrageiras adequadas: Se for considerado o hábito de pastejo do ovino, de pastejo baixo, ou seja, colhe as forragens bem próximas ao solo, as forrageiras mais indicadas são; Pangola (Digitaria decumbens c. v. Pangola) , Estrela Africana (Cynodon plectastachyns), Pensacola (Paspalum notatum), Coast-Cross (Cynodon dactdon), e Quiquio (Penninsetun Clandestinum). Outras forrageiras podem ser utilizadas, desde que manejadas baixas, como; Capim de Rhodes (Chlorys Gayanus), Andropogon (Andropogon Gayanus) e algumas variedades de Panicum (Centauro, Tanzânia). Estas forrageiras são muito bem aceitas pelos ovinos e apresentam bom valor nutricional. Em regiões de clima ameno, pode-se fazer uso de forrageiras de inverno como a Aveia Preta (Avena Strígosa) ou o Azevém (Lolium Multzflorum), quando são anuais.
A escolha das forrageiras utilizadas nos pastos se baseará nas características de clima e solo da região onde se localiza a propriedade, sendo interessante utilizar mais de uma espécie, este método garantirá maior variedade de nutrientes oferecidos, além de representar uma garantia adicional quanto á diminuição da ocorrência de pragas, doenças, intempéries climáticas, já que diversas forrageiras se comportam de maneira diferente diante das condições ambientais. O consórcio gramínea/leguminosa em pastagem para ovinos é um procedimento aconselhável, não só no âmbito da nutrição (eleva o nível de proteína da dieta) como também melhora a produtividade da pastagem, devido à capacidade das leguminosas, em fixar N atmosférico pelas bactérias (Rhizobium) que vivem em simbiose com suas raízes.
Pastos-vegetação
Sem uma boa alimentação, é inútil pensar-se em raças especializadas. Esta é necessária para a economia e o aperfeiçoamento de um rebanho, pois é sabido que as raças especializadas são conseguidas em boa parte, com os cuidados com a alimentação.
Os ovinos preferem pastos rasteiros, vegetais baixos, forragens finas, macias, leguminosas, arbustos.
Preferem lugares altos, descampados, secos e permeáveis. Fogem às umidades das baixadas, os campos de carrapichos. Escolhem campos abrigados dos fortes ventos por eucaliptos e outros arvoredos que lhes servem de proteção.
Os ovinos produziram mais, recebendo boa alimentação. Daí ser necessário cultivar forrageiras de alto valor nutritivo. As pastagens devem ser racionalmente divididas, e o emprego de arame liso.Algumas forrageiras recomendadas:
- Capim de Rhodes: muito utilizado na formação de pastagens; é bem aceito pelos ovinos tem bom valor nutritivo.
- Trevo Branco: ótimo para a formação de pastagem, consorciado com outras forrageiras. Prefere solos argilosos, mas adapta-se a qualquer qualidade de terreno.
- Grama Bermuda: a sua utilização para ovinos é grande, capim de crescimento rápido, boa cobertura do terreno, resistente ao pisoteio e a seca, muito rústica. Boa palatabilidade e valor nutricional.
- Capim Quiquio: forma densos gramados, de folhas estreitas, colmos finos, enraíza com facilidade, resiste ao pisoteio, ao fogo e ao frio.
- Aveia Perene: gramínea muito precoce, produtiva, resistente ao frio, adapta-se a diversos tipos de solos, não muito exigentes. E utilizada como forragem de inverno, podendo ser pastejo direto ou cortada para feno ou forragem verde.
- Azevém: gramínea não exigente em solo, vegeta bem em locais de boa umidade (sem água estagnada). É bem aceita tanto no pastejo como fenada. Pode ser consorciada com frevo, alfafa.
- Setária Anceps: resistente á seca, pouca exigência em solos, tolerante á geada (menor teor de oxalato), usada para pastejo ou fenação.
- Centrozema pubescen; leguminosa, trepadeira, pouca resistência ao frio, geada, vegeta bem tanto em solos pobres como férteis, resistente à seca. Usada principalmente para pastoreio.
Lotação e Manejo dos pastos: um dos aspectos mais importantes no manejo das pastagens é a determinação da carga animal que permanecerá no pasto. Considera-se a produtividade da forrageira utilizada em MS e o consumo médio diário de um animal adulto 3% PV em MS. A lotação pode ser estimada de 8 a 10 an./ha., sendo que este número poderá ser maior ou menor, conforme as condições ambientais.
Aguadas: permanentes correntes; na ausência há necessidade de construção de bebedouros.
Tranqüilidade: não é necessário recolhe-las à noite em abrigos, podendo ficar solta no campo. Deve ter abrigos para os ovinos se protegerem das grandes chuvas e ventos fortes (pode-se empregar bosques de eucaliptos). Evitar presença de cães, que são inimigos naturais.
Sistema de pastejo
Contínuo: diminui a necessidade de cerca e bebedouros e como desvantagem é o menor aproveitamento da forragem disponível;
Rotacionado: melhor aproveitamento da forragem (controla a intensidade e a uniformidade de pastoreio), facilita o controle de verminose (o período de descanso diminui o nível de infestação de larvas sob a ação radiação solar e ventos). Períodos de descanso 35 a 42 dias. Sazonalidade de produção de pastagens: dependendo das condições climáticas de cada região estas determinarão duas estações definidas - chuva ou calor e seca com temperaturas baixas. Essas duas estações provocam, nas espécies forrageiras, um ritmo de crescimento bastante intenso na estação das águas em confronto com baixas taxas de crescimento no período seco. Esse problema poderá ser contornado com a utilização de fenos e silagens ou produção das forrageiras de inverno (como aveia, azevém ou centeio).
Exigências Nutricionais
As exigências nutricionais dos ovinos, em proteína, energia, minerais e vitaminas, variam em função de:
Raça: as mais precoces e de grande porte, como as especializadas na produção de carne, em geral apresentam maior exigência nutricional que as produtoras de lã ou mistas. Já as raças deslanadas tendem a serem ainda menos exigentes;
Idade: os animais mais jovens apresentam maiores exigências nutricionais , em razão do maior ritmo de crescimento;
Categoria ou situação fisiológica: as exigências nutricionais variam significativamente conforme o estado fisiológico apresentado pelo animal. A gestação, particularmente, em seu 1/3 final, e a lactação, levam a um aumento dessas exigências. Animais doentes, em fase de tratamento e recuperação, exigem maiores cuidados nutricionais;
Em criações extensivas onde os animais têm que percorrer grandes distâncias entre áreas de pastejo, cocho de sal ou bebedouros, as necessidades nutricionais, principalmente energéticas, tendem a ser maiores que as de animais em pastagens menores e mais produtivas.
Em geral, os ovinos podem ser mantidos exclusivamente em regime de pasto, tendo sempre à disposição água e sal mineral à vontade. Em determinadas épocas do ano pode ser necessário o fornecimento de forragem conservada como complemento alimentar. Também são recomendáveis suplementares algumas categorias, como ovelhas no 1/3 final de gestação, e lactação, cordeiros desmamados e reprodutores em serviço.
Alimentação de animais de Cabanha: a instalação é adotada para reprodutores e matrizes de alta linhagem, bem como animais que estão sendo preparados para exposição ou cordeiros (machos e fêmeas) destinados à venda para reprodução. Estes animais são mantidos na cabanha para que se possa dar uma alimentação mais adequada de modo que estas categorias manifestem todo o seu potencial genético. A alimentação destes animais pode ser feita basicamente de 2 formas; a primeira, com ração completa, ou seja, já com o volumoso incluído, ou fornecendo separadamente, o volumoso (capineira/feno) mais o concentrado. Na segunda opção, fornecimento de volumoso e concentrado, o volumoso (feno, capineiras ou silagem), deve estar sempre à disposição do animal e apresentar boa qualidade.
Técnico: Unknown às 7.8.07 0 comentários
Manejo alimentar - Ovinos
Equipe de Ovinocultura/FZEA-USP | |
Planejamento alimentar
Fornecimento de água e sal mineral a todas as categorias, à vontade. Observação:- Alimentação para gestação: é responsável pelo crescimento do feto e formação dos folículos responsáveis pela produção de lã; Considerando que os requerimentos nutricionais dos animais e as disponibilidades dos pastos variarem consideravelmente durante o ano, um bom esquema de manejo é aquele que é adequado aos períodos de maior necessidade alimentar dos animais (prenhez, lactação, crescimento) com os períodos de maior disponibilidade de pastos, todavia, isto depende das condições climáticas que varia muito a cada ano. Entretanto, o emprego de normas adequadas permite melhorar os principais parâmetros que caracterizam uma produção deficiente: - alta mortalidade dos cordeiros nascidos em relação ao número de ovelhas acasaladas; Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção: - o momento de acasalar, sinalar e desmamar os cordeiros; Tem-se observado que a falta de conhecimento sobre alimentação, entre a maioria dos criadores, é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade das diferentes espécies e pelo manejo inadequado dos rebanhos em diferentes épocas e em determinadas circunstâncias. Os nutrientes reconhecidos como essenciais são, geralmente, classificados de acordo com as propriedades químicas, físicas e biológicas em 6 grupos: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas. Necessidades nutricionais- Água: auxilia na dissolução ou suspensão de outros nutrientes; responsável pela conservação da forma do corpo e é vital no controle da temperatura corporal. Ela representa ao redor de 70% da composição do corpo do cordeiro, O ovino consome 1 -6 l/d. - Hidratos de carbono ou glicídios: os açúcares, o amido e a celulose são hidratos de carbono que apresentam quase a mesma composição química, mas difere no processo de digestão pelo organismo animal. O hidrato de carbono não contém N, que é o elemento característico das proteínas, por isso, são encontrados como E.N.N. (açúcares, amido, hemicelulose) a outra parte dos hidratos de carbono são chamados de fibra bruta (celulose e outros glicídios). O valor destas duas frações para os ovinos se apresenta sob dois aspectos: 1º- a parte fibrosa dá volume à ração, fator importante na alimentsação dos herbívoros; 2º- a fração dos hidratos de carbono solúveis funciona como fonte de energia de utilização imediata. - Proteínas: são formadas nas plantas pelo nitrogênio, fosfatos e outros sais obtidos do solo e combinadas com o carbono, oxigênio e hidrogênio. As proteínas que o ovino consome são quase exclusivamente de origem vegetal. As folhas e as sementes das plantas são fontes ricas em proteínas. A qualidade da proteína, nos ruminantes é sintetizada desde que receba materiais necessários, os diferentes aminoácidos, que são por sua vez formadores de proteínas. A principal função das proteínas é construir ou reparar os tecidos, que constituem os músculos, pele, órgãos internos, parte do tecido ósseo e nervoso. A lã é constituída por um composto protéico, a queratina. Os ovinos necessitam da proteína para o crescimento, reprodução, crescimento de 11, além da reposição de tecidos e fluidos do organismo. - Gorduras: possuem os mesmos elementos químicos que os hidratos de carbono, porém, com menor proporção de oxigênio. Nos vegetais, pastos, fenos e silagens, o termo gordura, não diz respeito a gordura, propriamente dita, mas também outras substâncias esteróis, ceras, fosfolipídios, clorofilas, carotenos e outros pigmentos vegetais. Nas sementes, porém, o seu conteúdo em gordura, representa gordura verdadeira. A função da gordura é destinada a produção de calor e energia. - Minerais: são indispensáveis para o animal e aumentam grandemente o valor da forragem. Os elementos minerais mais importantes geralmente contidos nos alimentos são; cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, ferro, cobre, enxofre, iodo, zinco, cloro e cobalto. Destinam-se, no organismo animal a atender às seguintes finalidades: - formar os ossos e dar-lhes a necessária rigidez; A quantidade de minerais contidos nas plantas forrageiras será diretamente proporcional ao teor desses alimentos contidos no solo. - Vitaminas: importante para perfeito estado de saúde dos animais. Vitamina "A" - sintetizada pelo animal à partir do caroteno das plantas: deficiência; cegueira noturna, perda de apetite, aborto, natimorto, infecções respiratórias é importante na reprodução; fonte;- forragens verdes, principalmente fenos; Alimentos:Pastagens, Fenos e silagens, Palhadas e Concentrados IntroduçãoPlanejamento na forma de pastagens e preparo de alimentos complementares (rações e [ ] - concentrados); cuidados especiais com a sanidade do rebanho (vacinas, vermifugação e banhos sanitários), acompanhamento da cobertura, gestação e parto dos animais (assim como a sua desmama) e os preparativos para a tosquia e abate são os principais itens de manejo na ovinocultura. Alimentação: Os ovinos possuem a capacidade de aproveitar alimentos fibrosos e grosseiros como capins, ramos e palhas. Isto se deve à constituição do aparelho digestivo - características dos ruminantes quando apresentam o estômago muito desenvolvido e dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso. A capacidade de digestão e o aproveitamento de forragem, dependerão da eficiência de seu desempenho e da qualidade nutricional das forragens ou outros materiais fibrosos oferecidos como parte maior da dieta. Pesquisas realizadas em várias espécies ruminantes mostram que o ideal é o fornecimento mínimo de 50 a 70% da MS da dieta na forma de volumoso. Portanto, a alimentação dos ovinos deve ser feita basicamente à pasto, havendo necessidade de suplementação somente em situações especiais. O fornecimento excessivo de concentrado, também pode favorecer a ocorrência de problemas fisiopatológicos nos animais, tais como, timpanismo, cetose, enterotoxemia e diarréias. Hábito de pastejo: pasteja de preferência gramíneas, realizando corte uniforme e baixo nos vegetais, a medida que andam pela pastagem, já as raças deslanadas tendem a apresentar um comportamento semelhante ao dos caprinos, ingerindo uma quantia considerável de ramos e folhas fazendo um pastejo mais seletivo e menos uniforme. Outro aspecto importante do comportamento dos ovinos em pastagem é o fato de evitarem pasto alto (acima de sua altura). Nessa situação, o plantel tende a permanecer na periferia do posto, penetrando na pastagem somente após o rebaixamento do mesmo, através do pastejo ou pisoteio por bovinos ou roçadeiras. Forrageiras adequadas: Se for considerado o hábito de pastejo do ovino, de pastejo baixo, ou seja, colhe as forragens bem próximas ao solo, as forrageiras mais indicadas são; Pangola (Digitaria decumbens c. v. Pangola) , Estrela Africana (Cynodon plectastachyns), Pensacola (Paspalum notatum), Coast-Cross (Cynodon dactdon), e Quiquio (Penninsetun Clandestinum). Outras forrageiras podem ser utilizadas, desde que manejadas baixas, como; Capim de Rhodes (Chlorys Gayanus), Andropogon (Andropogon Gayanus) e algumas variedades de Panicum (Centauro, Tanzânia). Estas forrageiras são muito bem aceitas pelos ovinos e apresentam bom valor nutricional. Em regiões de clima ameno, pode-se fazer uso de forrageiras de inverno como a Aveia Preta (Avena Strígosa) ou o Azevém (Lolium Multzflorum), quando são anuais. A escolha das forrageiras utilizadas nos pastos se baseará nas características de clima e solo da região onde se localiza a propriedade, sendo interessante utilizar mais de uma espécie, este método garantirá maior variedade de nutrientes oferecidos, além de representar uma garantia adicional quanto á diminuição da ocorrência de pragas, doenças, intempéries climáticas, já que diversas forrageiras se comportam de maneira diferente diante das condições ambientais. O consórcio gramínea/leguminosa em pastagem para ovinos é um procedimento aconselhável, não só no âmbito da nutrição (eleva o nível de proteína da dieta) como também melhora a produtividade da pastagem, devido à capacidade das leguminosas, em fixar N atmosférico pelas bactérias (Rhizobium) que vivem em simbiose com suas raízes. Pastos-vegetaçãoSem uma boa alimentação, é inútil pensar-se em raças especializadas. Esta é necessária para a economia e o aperfeiçoamento de um rebanho, pois é sabido que as raças especializadas são conseguidas em boa parte, com os cuidados com a alimentação. Os ovinos preferem pastos rasteiros, vegetais baixos, forragens finas, macias, leguminosas, arbustos. Preferem lugares altos, descampados, secos e permeáveis. Fogem às umidades das baixadas, os campos de carrapichos. Escolhem campos abrigados dos fortes ventos por eucaliptos e outros arvoredos que lhes servem de proteção. Os ovinos produziram mais, recebendo boa alimentação. Daí ser necessário cultivar forrageiras de alto valor nutritivo. As pastagens devem ser racionalmente divididas, e o emprego de arame liso.Algumas forrageiras recomendadas: - Capim de Rhodes: muito utilizado na formação de pastagens; é bem aceito pelos ovinos tem bom valor nutritivo. Lotação e Manejo dos pastos: um dos aspectos mais importantes no manejo das pastagens é a determinação da carga animal que permanecerá no pasto. Considera-se a produtividade da forrageira utilizada em MS e o consumo médio diário de um animal adulto 3% PV em MS. A lotação pode ser estimada de 8 a 10 an./ha., sendo que este número poderá ser maior ou menor, conforme as condições ambientais. Aguadas: permanentes correntes; na ausência há necessidade de construção de bebedouros. Tranqüilidade: não é necessário recolhe-las à noite em abrigos, podendo ficar solta no campo. Deve ter abrigos para os ovinos se protegerem das grandes chuvas e ventos fortes (pode-se empregar bosques de eucaliptos). Evitar presença de cães, que são inimigos naturais. Sistema de pastejoContínuo: diminui a necessidade de cerca e bebedouros e como desvantagem é o menor aproveitamento da forragem disponível; Exigências NutricionaisAs exigências nutricionais dos ovinos, em proteína, energia, minerais e vitaminas, variam em função de: Raça: as mais precoces e de grande porte, como as especializadas na produção de carne, em geral apresentam maior exigência nutricional que as produtoras de lã ou mistas. Já as raças deslanadas tendem a serem ainda menos exigentes; Em criações extensivas onde os animais têm que percorrer grandes distâncias entre áreas de pastejo, cocho de sal ou bebedouros, as necessidades nutricionais, principalmente energéticas, tendem a ser maiores que as de animais em pastagens menores e mais produtivas. Em geral, os ovinos podem ser mantidos exclusivamente em regime de pasto, tendo sempre à disposição água e sal mineral à vontade. Em determinadas épocas do ano pode ser necessário o fornecimento de forragem conservada como complemento alimentar. Também são recomendáveis suplementares algumas categorias, como ovelhas no 1/3 final de gestação, e lactação, cordeiros desmamados e reprodutores em serviço. |
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Manejo sanitário - Ovino
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Os principais mecanismos no controle sanitário são as vacinas, dosificações, banhos e normas de manejo. Todavia, o método mais efetivo para um bom controle sanitário é iniciar-se com ovinos sadios, assegurar-se que todo o animal que entra na propriedade esteja livre de doenças, (os animais adquiridos devem ser vacinados, banhados e dosificados antes de serem incorporados ao rebanho), e, finalmente, manter um programa sanitário. VermifugaçãoA verminose pode ser considerada um dos principais problemas que afetam ovinos, sendo mais critica nos animais em crescimento. Dependendo do grau de infestação, os parasitas provocam perda corporal, e no crescimento e qualidade da lã, chegando a causar mortalidade; nos animais em crescimento, pode também comprometer a produção futura. Devemos considerar 2 tipos de populações de parasitas ovos e larvas nas pastagens, e larvas infectantes e parasitas adultos no animal. As dosificações devem ser acompanhadas com normas de manejo tanto do animal como das pastagens. De uma maneira geral, o objetivo principal de um controle parasitológico deve ser o de reduzir ou eliminar os efeitos adversos dos parasitas através de métodos práticos e econômicos. Os principais métodos de controle da verminose são as dosificações estratégicas e as baseadas em exames de fezes. Exemplo: antes do acasalamento, após a parição, após o período de chuvas com temperatura elevada, na incorporação de novos animais, na troca de piquetes, na entrada de pastagens cultivadas, na sinalação, após a tosquia e ao desmame. BanhoUma vez ao ano os ovinos devem ser banhados para mantê-los livres de piolhos e sarna. Os rebanhos previamente afetados devem receber dois banhos seguidos, com intervalos de 10 a 12 dias. É fundamental banhar todos os animais ao mesmo tempo. Teoricamente a melhor época para banhar os animais e entre 4 a 6 semanas após a tosquia. Considera-se que nesse tempo as feridas decorrentes dos cortes durante a tosquia estejam cicatrizadas, evitando-se assim a possibilidade de contaminação durante o banho e também, porque o conteúdo graxo que recobre a fibra de lã tende a secar, permitindo uma melhor penetração do inseticida. Aspectos a serem considerados: Observação dos animaisPara que a criação de ovinos tenha sucesso, alguns cuidados essenciais não podem ser esquecidos. O criador deve correr diariamente a criação para verificar nascimentos, óbitos e doenças; deve também observar os cascos periodicamente, corta-los e trata-los se necessário. Ferimentos devem ser desinfetados e tratados com medicamento repelente de insetos para evitar o aparecimento de miiases, problema comum em ovinos. As principais causas de mortalidade entre os cordeiros são a hipotermia logo após o nascimento e as verminoses, principalmente a haemonchose; entre os adultos, a podridão do casco (foot-rot). Todas podem ser, evitadas Com manejo higiênico sanitário correto. Efetuar manejo dirigido à prevenção conta verminoses (rodízio de pasto/espécie), febre aftosa e carbúnculo (vacinações), além dos cuidados básicos de higiene sempre que forem realizadas intervenções como castração, descola e até mesmo tosquia, desolhe ou cascarreio. Higienizar instalações, pastos e piquetes. Vacinar as ovelhas prenhes contra enterotoxemia e tétano no terceiro mês de gestação e os filhotes contra aftosa no terceiro mês de vida (revacinações a cada 4 meses). Fazer exame de fezes e vermifugar o rebanho periodicamente. Não descuidar da alimentação, procurando oferecer pasto de boa qualidade, suplementando, se necessário, com feno; fornecer ração e sais minerais. Examinar a fonte de água (natural ou artificial) e manter bebedouros limpos. Descartar animais fracos ou doentes, pois comem mais do que produzem; e evitar a presença de gatos pois podem transmitir doenças aos ovinos. Principais doenças e profilaxiaInfecciosasAftosa - causada por vírus (A, O e C), afeta ovinos de todas as idades, provocando aftas na mucosa bucal, úbere, coroa e unha; as lesões transformam-se em porta de entrada para infecções bacterianas secundárias, resultando em manqueira. A prevenção é feita por meio de vacinação do rebanho a cada 4 meses (primeira aos 3 meses) e isolamento dos animais doentes. Doenças parasitáriasSarna (psoríase): causada principalmente por ácaros do gênero Psoroptes equi v. ovis, forma lesões externas, formando placas e crostas, com prurido e queda da lã com menos freqüência, pode ser causada pelo Chortoptes bovis. Distúrbios MetabólicosHipotermia: afecção que ataca cordeiros recém nascidos expostos a baixas temperaturas ao nascer ou que são abandonados pelas mães; também pode afetar os cordeiros que tiveram dificuldade para mamar o colostro; pode ser evitada com vigilância dos piquetes maternidade para assistência aos cordeiros. Amostras para exame laboratorial- Fezes: resfriadas ou mergulhadas em formol a 10 % |
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Guzerá
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- Origem: região central da Índia; |
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Marcadores: RAÇAS
Holandesa
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GeneralidadesPouco se sabe sobre a origem da raça holandesa, ou frieshollands veeslay, ou ainda frísia holandesa, havendo anotações que vão até o ano 2000 a.C. Alguns afirmam que foi domesticada há 2.000 anos nas terras planas e pantanosas da Holanda setentrional e da Alemanha. Eram animais de origem grega, de acordo com ilustrações antigas, o que causa maior dúvida sobre sua formação. No Brasil não foi estabelecida uma data de introdução da raça. Paulino Cavalcanti (1935) cita que baseado em dados históricos, referentes à nossa colonização, presume-se que o gado holandês foi trazido nos anos de 15308 1535. Quase todos os touros da atualidade são originários de três países famosos: da Frísia, Groningen e Holanda. CaracterísticasAs holandesas apresentam as seguintes características: - Idade para a primeira cobertura: 16 a 18 meses; Padrão da raça- Malhadas de preto-branco ou vermelho branco; ventre e vassoura da cauda branca; barbela e umbigueira pouco pronunciada, tamanho da vulva discreta, não pregueada animal não preto e nem totalmente branco. Cruzamento industrialOs principais cruzamentos são com a raça gir, formando o girolando, e com o guzerá, formando o guzolando (ou guzerando), ambos com livro de registro genealógico. Desde 1991, todo o gado holandês é registrado desde o nascimento. A pecuária de gado holandês para carne, com novilhos precoces, caminha aceleradamente desde a década de 1970. Já na década de 1980 foi estabelecido um programa alternativo de cruzamentos com raças especializadas de corte, destacando-se o charolês, o limousin, o piemontês, o bleu-blanc-belge, e outras, para incrementar o rendimento de carne, promovendo o surgimento de linhagens de melhor rendimento no abate. Esta é a grande novidade científica da vinda do milênio, prometida pela Associação Brasileira de Criadores de Gado Holandês que pode revolucionar a pecuária mundial. "Assim como o holandês revolucionou a pecuária leiteira, essa alternativa (carne-leite) pode provocar uma segunda revolução" protetiza. Produtividade de leiteExistem 961 criadores inscritos no Controle Leiteiro Oficial, que somaram 104.382 animais em produção no ano de 1998. A média brasileira de produção leiteira foi de 6.622 (305 dias) em 1998 e de 7.290kg na idade adulta (305 dias). Cerca de 84% dos criadores residem em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A média de Produção de Leite em 1998, foi a seguinte: - Lactações padronizadas em 305 dias e em 2 ordenhas: 6.622 kg Melhoramento genéticoAté o inicio de 1980, o Brasil foi considerado o detentor do maior rebanho mundial de HVB (holandês vermelho branco), mas o efetivo foi decrescendo, ano após ano, por falta de disponibilidade de reprodutores VB (vermelho branco) com provas genéticas comprovadas e também pela não aceitação das cobrições de vacas VB por touros PB (preto branco). A abertura para uso de reprodutores PB sobre vacas VB somente aconteceu por volta de 1984 desde que o reprodutor fosse portador de gene recessivo para pelagem VB. A FAO, organização da ONU vinculada ao setor de alimento e agricultura relacionou, na década de 1950, três tipos de gado holandês, cada uma com seu próprio registro genealógico: a) Holandês preto e branco (ou vermelho e branco), com cerca de 80% do total; |
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Marcadores: RAÇAS
Princípios de enfermagem
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Aplicação de medicamentosSubcutâneaMais indicada para vacinas e vermífugos. O local ideal de aplicação é a região atrás ou à frente da pá, conhecida como paleta. É uma área fácil de ser atingida, além de possuir pele frouxa e fina e apresentar maior segurança para o aplicador. Como o próprio nome diz, o líquido fica depositado entre o couro e a carne. Para que a injeção seja melhor absorvida, recomenda-se direcionar a agulha obliquamente de cima para baixo, como também dobrar a pele, para impedir o refluxo do medicamento. Não se deve aplicar na região da cauda, por estar suja de fezes e apresentar-se pouco elástica, seca e distendida. EndovenosaÉ a que proporciona mais facilidade na absorção e ação mais rápida. Vai diretamente ao sangue e é a via preferencial para administrar soros e soluções de cálcio e fósforo. Os melhores locais são as veias jugular e mamária ( ou abdominal), quando desenvolvida. Normalmente os medicamentos são acompanhados do equipo ( material necessário para realizar o procedimento ). Caso não haja gente treinada na fazenda para a aplicação endovenosa, esta pode ser substituída pela subcutânea, porém repetida em várias regiões do corpo, como atrás da paleta, barriga e outras em que a pele é abundante e solta. Aplicar tantas vezes quanto necessárias para esgotar as dosagens recomendadas. IntramuscularRelativamente complicada para quem não possui prática. A agulha, sendo de latão, não suporta grandes tensões, quebrando freqüentemente devido aos movimentos bruscos dos animais no tronco. Deve ser dada em caso de medicamentos oleosos e de antibióticos específicos, situações esclarecidas pelas bulas. Nesse caso, o medicamento chega mais rápido aos vasos do que através da subcutânea. Os melhores locais de aplicação são a região glútea ( garupa), o músculo da tabua do pescoço e da coxa, os mais volumosos. Intra-ruminalDada com uma agulha especial, mais comprida, de calibre groso, com resistência para atravessar o couro, as paredes musculares, o peritônio e o rúmen. De uso bastante restrito, a injeção intra-ruminal de antelmíntico oferece a vantagem de ser menos trabalhosa que a administração oral e proporciona manejo mais rápido. Apenas o veterinário ou alguém treinado pode fazer essa aplicação, pois algum erro pode causar infecções de difícil recuperação pelos animais. IntradérmicaAplica-se somente para testes de tuberculose e alérgicos. Feita com agulha especial, bem pequena. Resultados conferidos em algumas horas. O local de aplicação é debaixo da cauda, pela ausência de pêlos, o que facilita a observação das reações. Problemas nos cascos dos bovinosPodem ocorrer por lesões causadas por febre aftosa, brocas, traumatismos, postura defeituosa do membro, podridão do casco e permanência por longo tempo em pisos ásperos ( cimento), que levam à formação de ferida de difícil recuperação, agravada pelo excesso de umidade. Geralmente aparece quando o animal começa a mancar, havendo mudança na posição de apoio devido à dor. O tratamento é cirúrgico, aparando os cascos, moldando a unha, para que o animal volte a pisar normalmente. Para cascos com feridas, deve ser feita linpeza e curativo, com enfaixamento da pata para evitar hemorragia. Animais com esse problema devem ser manejados em locais secos, sem acúmulo de água e barro, para evitar agravamento e facilitar a cicatrização. Uma das formas preventivas é a utilização de pedilúvio, em que o animal precisa passar, molhando os cascos, pelo menos uma vez ao dia. Pedilúvio: 5 litros de formol, 5 kg de sulfato de cobre e água suficiente para completar 100 litros. Banho CarrapaticidaGeralmente a única atividade utilizada para combater carrapatos. O gado leiteiro, por ter maior grau de sangue holandês e serem manejados de maneira mais intensiva, sofrem mais com esse problema. O preparo correto da solução é muito importante. Para que a solução fique homogênea é necessário diluir-se o carrapaticida em 2 a 3 litros de água e misturar muito bem. Só depois disso é que a mistura pode ser novamente diluída para o volume total do pulverizador, misturando-se muito bem novamente. O banho não deve ser dado com pressa, mas sim com cuidado para que o corpo todo do animal seja pulverizado, garantindo maior eficiência. O equipamento deve estar em boas condições, com presão suficiente para saída de um jato com microgotículas, que, com muita velocidade, penetram nos pêlos e atingem os carrapatos pequenos. Para o banho os animais devem ser contidos por corda, canzil, brete de tábuas estreitas ou cordoalha de aço e banhados individualmente. Para cada animal gasta-se de 3 a 4 litros de solução. Os banhos por aspersão não se mostram eficientes, pois os carrapatos pequenos não são mortos, fazendo com que as fêmeas cresçam até cair no chão e botar ovos. A eficiência só é alcançada com banhos a cada quinzena. O banho deve ser aplicado no sentido contrário aos pêlos e de cima para baixo, sempre a favor do vento. O aplicador deve proteger-se com luvas, máscara e roupa apropriada, tanto na preparação como na aplicação. Em caso de chuva, os animais devem ser mantidos em local coberto por duas horas após o banho. O produto carrapaticida deve ser de boa qualidade, mas mesmo assim pode causar resistência dos carrapatos, dependendo dos parasitas sobreviventes após o banho. Os produtos são divididos por famílias e os carrapaticidas da mesma família devem ser administrados por cerca de dois a três anos, da forma mais correta possível e pelo menor número de vezes possível, para que a resistência demore mais para se instalar. Quando for feita a troca, deve-se escolher um carrapaticida de família diferente. A melhor época para a aplicação de medicamento carrapaticida é a dos meses quentes do ano, janeiro a abril, quando os carrapatos proliferam com maior facilidade. Recomenda-se uma série de cinco a seis banhos a cada 21 dias. Temperatura normal : de 37,5 ºC a 38,5ºC Tabela para animais sadios
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