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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

COOAP - FRIGORÍFICO DO SERTÃO - Produtos

NOSSOS PRODUTOS!


Carré Francês
Corte feito através do espinhaço, contendo 8 costelas tendo parte dos músculos intercostais removidos.


Picanha
Obtida da secção da parte muscular superior do pernil, tendo posteriormente sua parte óssea removida.


Pernil Desossado
Corte obtido pela retirada da parte óssea do pernil.


Filé Mignom
Corte obtido através da remoção das massas musculares aderidas à face interna da região lombar.


Filé de Lombo
Corte obtido pela remoção da parte óssea da região lombar do animal.


Paleta Fatiada
Corte obtido através de secção transversal da paleta inteira.


Lombo
Corte obtido através de secções transversais da parte lombar do animal depois de removido o filé mignon da sua face interna.


Costela de Tira
Corte obtido através de secção longitudinal das costelas, deixando-as em forma de tiras com cerca de 5 cm de largura.


Paleta Inteira
Grande corte localizado na parte dianteira do animal, sendo dobrada a articulação e retirada a parte final do osso.


Pernil Fatiado
Corte obtido através de secção transversal do pernil inteiro.


Pernil Inteiro
Grande corte da parte traseira do animal juntamente com a picanha.


Costeleta
Corte feito através do espinhaço, contendo 5 costelas que são fatiadas e separadas 1 a 1.


Pescoço
Corte obtido através de secção na última vértebra cervical.


Pescoço Fatiado
Obtido através de cortes transversais do pescoço inteiro.


Mininico
prato confeccionado com ingredientes idênticos aos da buchada, porém com as vísceras cortadas em tiras e formato de armazenamento no estômago (bucho) diferente, sendo suas extremidades abertas, mas também envolvidos pelos intestinos (tripas).


Rabada
Corte obtido através da separação cauda do animal do restante da carcaça.


Sarapatel
Iguaria preparada com vísceras comestíveis de ovinos ou caprinos (fígado, baço, coração, pulmão e língua), lavadas, aferventadas e cortadas em cubos.


Rim
Órgão em formato de “feijão”, presente em par nos animais, devidamente lavados e livres de sua membrana não comestível.


Buchada
Prato confeccionado a partir das vísceras comestíveis de ovinos ou caprinos constituídos pelo conjunto de coração, pulmões, baço e língua, lavados, aferventados, cortados em cubos, completamente alojados em cortes do próprio estômago do animal (bucho) sendo envolvidos pelos intestinos (tripas).


Figado
Víscera glandular ímpar, volumosa, de cor avermelhada, devidamente lavada e removida a vesícula biliar.
PAGINA DA COOAP
CONTATOS

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Após pressão, leite longa vida volta a subir



Num movimento ascendente desde novembro do ano passado, os preços do leite longa vida devem se manter em alta nos próximos meses, preveem analistas e a indústria. O consumo do produto, que cresceu menos do que o previsto em 2009, também deve voltar a avançar este ano.
Entre dezembro e janeiro, o preço do leite longa vida no atacado subiu 8,8%, para R$ 1,48 o litro. No varejo, a alta no período foi mais modesta, de 1,2%, para R$ 1,60 o litro, mostra levantamento da Scot Consultoria.
A razão para a valorização é o consumo mais aquecido depois de um ano de crise internacional e uma oferta de matéria-prima mais ajustada à demanda em decorrência do recuo da captação de leite em algumas bacias leiteiras do país.
"Não há falta nem abundância de matéria-prima, mas as indústrias tentam garantir seus fornecedores", afirma Nilson Muniz, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV). Segundo ele, indústrias já pagam R$ 0,10 a mais pelo leite ao produtor entregue em janeiro nas principais bacias. Pagando mais pela matéria-prima, os laticínios repassam para seus clientes, o varejo.
O último levantamento da Scot, referente ao leite entregue à indústria em dezembro e pago em janeiro, mostra que a pressão sobre a cotação ao produtor já é menor com a queda na captação de leite. Na média nacional, o preço ficou em R$ 0,618 por litro, redução de 0,96% sobre o mês anterior.
Laércio Barbosa, diretor da Laticínios Jussara, observa que o pico da produção de leite no país foi em novembro passado, mas já houve queda na captação em dezembro e janeiro. Com esse quadro, os estoques das indústrias também estão mais baixos. "Houve antecipação da safra no ano passado porque choveu mais cedo. Em agosto, já havia mais oferta e os preços ao produtor caíram", comenta. E foram os preços em queda que acabaram desestimulando o aumento da produção de leite por pecuaristas no país em 2009.
A expectativa da indústria de longa vida é de que os preços no atacado subam 20% considerando o período entre o início de janeiro até o fim deste mês. "A demanda está firme, até porque os preços ao consumidor estão mais baixos do que há cinco meses", comenta Nilson Muniz. "O consumo melhora porque há uma recuperação da economia", acrescenta Rafael Ribeiro, analista da Scot. Para ele, podem ocorrer novas altas do longa vida no atacado e também no varejo.
Barbosa, da Jussara, afirma que os preços praticados pelas indústrias hoje já variam entre R$ 1,50 e R$ 1,70 por litro.
"O que está havendo é uma recuperação dos preços após um período de queda", argumenta Muniz, diretor da ABLV.
No ano passado, o consumo de leite longa vida no país cresceu entre 3% e 3,5%, estima a ABLV, alcançando 5,5 bilhões de litros. A previsão inicial era avançar entre 4% e 5%, mas isso não se concretizou porque a oferta de matéria-prima (leite cru para processamento) ficou estável na casa dos 28 bilhões de litros, explica o diretor-executivo da associação.
"Quando há grande produção, o setor que absorve [o excedente] é o do leite longa vida", diz.
Para este ano, a ABLV volta a estimar crescimento de 4% a 5% na demanda por leite longa vida. O produto já representa 76% do total do leite fluido de consumo no país e movimentou R$ 9 bilhões no ano passado.

Fonte: SEAGRI-BA

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

REUNIÃO DO COMITÊ GESTOR DA OVINOCAPRINOCULTURA DE CORTE DA BACIA DO JACUÍPE

Data: 19/11/09

Endereço: Salão de Reuniões STTR – Riachão do Jacuipe

Objetivo: Encontro das Equipes de Trabalho do Projeto de Caprinos e Ovinos

Nº. de Participantes: 19

Registro dos Relatos: Ronaldo Carlos Borges Leite – Consultor SEBRAE

1 - Participantes:
Participaram da reunião os representantes da ADAB, EBDA, SEBRAE, REPARTE, SICOOB Sertão, ASCCOB, Rede Procapri, STTR de Pé de Serra, Representante da Secretaria de Agricultura do Município de Pintadas.

2 - Pauta executada:

  • 09:00h – Abertura
  • 09:30h – Apresentação das Representações e Esclarecimentos
  • 09:50h – Organização de Grupos;
  • 11:00h – Apresentação de Propostas dos Grupos;
  • 11:30h – Encaminhamentos e Encerramento;
  • 12:30h – Almoço de financiamento próprio;

Após a realização de breves comentários sobre o andamento do Projeto, apresentação dos participantes e definição da metodologia de trabalho, os grupos se organizaram para debate e apresentação de propostas.

3 - ENCAMINHAMENTOS E SUGESTÕES:

    3.1 - ASSISTÊNCIA TÉCNICA

    3.1.1 - Agência de Desenvolvimento Agropecuário da Bahia

    O representante da ADAB, senhor Mario Wilson Falcão afirmou que a instituição pode contribuir com ações de Educação Sanitária, porém necessita de confirmação da coordenação regional. Possíveis ações a serem desenvolvidas pela ADAB:

      • Realização de palestras, 01 em cada município da Rede Procapri;
      • Participação de Dias de Campo relacionado a área de atuação ADAB;
      • Apoio educacional na realização de feiras locais de animais, antes de acontecer à feira e durante o processo;
      • Participação das ações para serem desenvolvidas conjuntamente com a Equipe de Ater.

      1. - REPARTE

    O representante, senhor Marcos Pitangueira assumiu o compromisso de articular os técnicos e as instituições APAEB, MOC, Centro Comunitário, APPJ e STRRs para participarem do debate sobre o projeto. Ao final, foi agendada uma reunião para o dia 24 em Feira de Santana na Pousada Central.

      1. – EBDA – Empresa Bahiana de Desenvolvimento Agrícola

    A equipe da EBDA presente, afirma sobre a sua tarefa em desenvolver as ações do Sertão Produtivo no território do Jacuípe. As atividades desenvolvidas pela Entidade já contempla em parte o Projeto de caprinos e ovinos no território da Bacia, porém irão pressionar a integração com os outros técnicos do Projeto. Possíveis ações a serem desenvolvidas pela EBDA

        • Realização de Dia de Campo (tentando viabilizar apoio técnico e recursos financeiros);
        • Realizar ações que possam multiplicar os recursos, em vista da participação de outras entidades;
        • Participar do processo de integração dos técnicos da EBDA com as outras entidades que também desejam ofertar técnicos para realização do serviço;

      1. – SEBRAE e EBDA

    Atender ao convite da REPARTE para esclarecer sobre o Projeto de Caprinos e Ovinos do Território da Bacia do Jacuipe junto aos parceiros da Reparte no Território.

    Local: Pousada Central, Feira de Santana – Data: 24/11/2009 às 11:00h

      1. – SEBRAE e Rede Procapri

    Encaminhar para todos os Parceiros a cópia do Projeto via E-mail, bem como, relatórios e contatos.

3.2 - CRÉDITO

    3.2.1 – ASCOOB

    O representante da ASCOOB, Clodoaldo da Silva Jorge em conjunto com o Siccob Sertão, Robeval Carneiro Rios, enfatizaram sobre a parceria das entidades com o BNB e Banco do Brasil na operacional do micro crédito produtivo, PRONAF investimento e outras modalidades.

    Lançou a Proposta para que a equipe de ATER do Projeto Caprinos e Ovinos possa continuar a articular os produtores no objetivo de levantar as demandas sobre Crédito. Assim a ASCOOB poderia estar atendendo a demanda dentro do trabalho que já realiza hoje no território. Possíveis ações a serem desenvolvidas pela em parceria:

    • Disponibilizar informações e ações relacionadas à operacionalização do Crédito;
    • Ampliar as ações do Programa Mais alimentos, podendo melhorar o acesso com a participação técnica;
    • Continuar a ampliar a parceria com a EBDA na emissão de DAP, facilitando o processo de análise das propostas conjuntamente com as entidades envolvidas.
    • Articular reunião com os Agentes de Crédito, Banco do Brasil e Banco do Nordeste;
    • Definir a operacionalização com Instituições, EBDA e agentes financeiros

    4.2 - Proposta de Organização do Comitê Gestor

5 – CRONOGRAMA

DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES DATA RESPONSÁVEIS
Participação do Comitê na Reunião da REPARTE Inicio (48 horas)

24-11-2009

Ronaldo Borges - SEBRAE

Ruy - EBDA

Envio de documentos aos parceiros: Relatórios; 23-11-2009 Ronaldo Carlos Borges Leite - SEBRAE
Propostas de crédito; 27-11-2009 ASCOOB, Clodoaldo da Silva Jorge.
Propostas operacionais de planejamento para 2010. 25-11-2009 Todos os integrantes do Comitê Gestor
Convite para última reunião anual do Comitê Gestor para formulação de proposta efetiva de ações para 2010. 30-11-2009

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura e Feira da Cadeia Apícola

CAMARA SETORIAL DO LEITE - BAHIA

Câmara setorial do leite deve melhorar produção na Bahia

Foto: ASCOM/SEAGRI
Fazer com que a produção do leite seja competitiva, com resultados satisfatórios para os produtores, e colocar no mercado produtos de qualidade e com sanidade. Esses são alguns dos objetivos da Câmara Setorial do Leite, instalada no dia 23/04/2009, pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Seagri, no auditório da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, ADAB, O ato foi presidido pelo secretário da Agricultura, Roberto Muniz, menos de uma semana depois da criação da Câmara Setorial do Cacau do Estado da Bahia.

A Bahia tem o terceiro rebanho leiteiro do país, mas é o sétimo em produção, por causa da baixa produtividade dos animais. Para o secretário Roberto Muniz, este é um grande desafio a ser vencido, o que passa pela melhoria genética do rebanho, a oferta de mais alimentos para o gado e estabilizar o preço do leite. Roberto Muniz informou que “estamos discutindo com os agentes financeiros, (BNB, BB e Desenbahia), uma linha de crédito para a cadeia do leite, e devemos lançar um projeto para implantar 100 tanques de resfriamento na Bahia”.

A criação da Câmara foi festejada pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Faeb, João Martins da Silva. “A Câmara vai coordenar ações de governo no sentido de que a Bahia se torne auto-suficiente no leite. Vai fazer com que o produtor de leite seja competitivo, com o uso de novas tecnologias e técnicas atuais, em igualdade de condições outros centros produtores do País”, destacou o presidente da Faeb.

CONTROLE DE QUALIDADE

Segundo o diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, as ações da agência ratificam o trabalho do órgão no Estado, principalmente nas atividades de supervisão dos estabelecimentos que comercializam leite, no combate aos laticínios clandestinos, intenso trabalho de educação sanitária, bem como na fomentação e implantação de novos laticínios para beneficiamento do leite. “A meta é, através do programa de certificação de propriedades realizada pela Adab, buscar o reconhecimento de estado livre de Tuberculose e Brucelose, doenças que podem ser transmitidas pela ingestão de leite contaminado ou sem inspeção”, concluiu o Peixoto.

A câmara setorial tem também o objetivo de definir os caminhos do leite na Bahia e propor políticas públicas que contribuam para tornar o estado auto-suficiente na produção do leite e buscar soluções neste ramo, como a melhoria genética, certificação, acesso do produtor ao crédito, criação de novas linhas de financiamento e prazos para pagamento, além da geração de emprego e renda.

Para o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, existe a real necessidade de melhorar a organização da cadeia produtiva do leite. “A secretaria avança com a criação da Câmara Setorial do Leite. É importante reafirmar a capacidade da Seagri em ser uma articuladora das ações da agropecuária do estado”, afirma Muniz.

Segmento

O Estado da Bahia é o maior produtor de leite no Nordeste, com 911 milhões de litros/ano em 2007, e terceiro rebanho de pecuária do leite do país, sétimo produtor nacional, tendo uma média de produtividade de leite/vaca/dia com 3,5 litros.

Essa produção, no entanto, ainda é insuficiente, uma vez que o consumo interno é estimado em 1,5 bilhões de litros/ano. As principais bacias leiteiras do Estado da Bahia estão localizadas nos Territórios de Identidade do Extremo Sul, Itapetinga, Litoral Sul, Médio Rio de Contas, Portal do Sertão e Vitória da Conquista. Na Bahia, 80% dos produtores de leite são classificados como pequenos. A grande dispersão territorial dos estabelecimentos, aliada à precariedade dos meios de transporte, resultam em altas perdas e custo de frete elevado.

“A instalação dessa câmara vem responder ao segmento lácteo no Estado, dando prosseguimento ao levantamento das demandas do setor e a possibilidade da discussão e da implantação de uma política especifica para a criação da cadeia do leite”, afirma o secretário Roberto Muniz.


Fonte:
Josalto Alves/SEAGRI – DRT-Ba 931
Elaine Cunha/SEAGRI – DRT Ba 2301
Welder França/ ADAB

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Pintadas (BA) terá o 1º Abatedouro Administrado por uma cooperativa

ASN - Agência Sebrae de Notícias - DF
15/07/2008 - 11:19
Pintadas (BA) terá o 1º abatedouro administrado por uma cooperativa.

Pequenos criadores esperam conseguir melhores preços pelos caprinos e ovinos da região.
Adelmo Borges
Maria Guadalupe
Abatedouro em Pintadas (BA)

Os 64 integrantes da Cooperativa Agroindustrial de Pintadas, município localizado a 255 km de Salvador, estão animados com o início da capacitação da mão-de-obra que vai atuar no abatedouro local de ovinocaprinos. A unidade, a primeira administrada na Bahia por uma cooperativa, tem todos os equipamentos instalados e a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) já fez a vistoria e liberou o SIE (Serviço de Inspeção Estadual) para que o equipamento possa funcionar. Só faltava o treinamento do pessoal, a cargo do Senai, que já aconteceu. Ou seja, está tudo pronto, falta apenas a inspeção final do Estado.
Segundo o presidente da cooperativa, Diomécio Juvêncio dos Santos, 43 anos, quando estiver em pleno funcionamento a unidade vai abater cerca de 100 animais/dia de toda a Bacia do Jacuípe, formada pelos seguintes municípios: Pintadas, Ipirá, Pé de Serra, Capela do Alto Alegre, Várzea da Roça, Baixa Grande e Nova Fátima. “Além disso, pretendemos integrar outras cooperativas e prestar serviço de abate”, ressalta Diomécio, lembrando que no total são 18 mil cabeças e a intenção é atender inicialmente os mercados de Salvador e Feira de Santana.
Apesar de a carne de ovinocaprino ser saudável, com baixo teor de gordura, muitos consumidores resistem em consumi-la por não ter certificação. “Cerca de 80% do abate feito na região é de origem clandestina”, afirma o presidente da cooperativa, destacando que o abatedouro terá ainda um setor para abate de bovinos, que deve ficar pronto ainda este ano.
A construção do abatedouro é fruto da articulação das várias redes sociais que existem no município, que tem cerca de 10 mil habitantes. Diomécio informa que as discussões começaram em 1989, quando foi construído um pequeno abatedouro de ovinocaprino na cidade. Como não obedecia as normas da Vigilância Sanitária, foi desativado e em 2005 a Disop, uma organização não-governamental belgo-brasileira, juntamente com a prefeitura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), financiaram a construção do abatedouro e do caminhão frigorífico. “Depois buscamos a parceria do Governo do Estado e do Sebrae, que passou a atuar na capacitação para gestão e acesso a mercado”, destaca Diomécio.
Produtores têm assistência técnica:
Em paralelo ao processo de implantação do abate, técnicos estão fazendo um levantamento do rebanho para conhecer e orientar os produtores da região. Segundo o veterinário Hugo Dultra Gordiano, 27, coordenador técnico da Agtec (Assistência Gerencial Tecnológica), que atua junto com mais 10 técnicos em agropecuária, já foram cadastradas 159 propriedades, mas a meta é atingir todas as 400 fazendas dos sete municípios da Bacia do Jacuípe.
“Com os dados sobre o rebanho, o tipo de pastagem e o manejo, vamos poder dar uma assistência gerencial adequada ao criador, que vai aprender a controlar o fluxo de caixa, a taxa de desfrute do rebanho, peso ao desmame, entre outros fatores”, destaca Hugo, lembrando que no início o técnico vai fazer as atividades junto com o produtor e depois ele mesmo vai administrar a própria
propriedade.
O coordenador estadual da área de ovinocaprinocultura pelo Sebrae, Robério Araújo, explica que a Agtec foi viabilizada graças a uma articulação institucional entre a Secretaria da Agricultura do Estado e Sebrae. A iniciativa atende cerca de 1200 produtores no Estado em três regiões: Juazeiro, Pintadas e Jussara.
“É uma forma de integração entre o produtor e a agroindústria”, destaca Robério, lembrando que a Bahia tem dois outros frigoríficos de ovinocaprino particulares, um em Feira de Santana e outro em Jequié, além de um terceiro em Barreiras, que funciona de forma mista (parte é administrado pela cooperativa e parte pela iniciativa privada). O objetivo principal, segundo o coordenador estadual, é inserir o pequeno produtor nos ganhos da cadeia produtiva.
Expectativa de bons negócios:
Os criadores esperam que o abatedouro melhore o preço pago atualmente pelo quilo do animal, além da garantia de compra. Ênio Santo de Lima, 39, de Capela do alto Alegre, a 26 km de Pintadas, por exemplo, tem um rebanho de 65 matrizes de caprinos na Fazenda Tiririca. Hoje, o produtor recebe cerca de R$ 75,00 por arroba. Normário Juvêncio dos Santos, 44 anos, é outro que espera aumentar a renda depois do abatedouro. Ele tem ao todo 40 ovinos da raça Santa Inês, e cria matrizes para revender. “Espero que tenhamos mais mercado com a inauguração do frigorífico”, disse.
Simário de Oliveira Rios, dono da Fazenda Cajazeira, em Pintadas, confessa que cria ovinos devido ao baixo custo de alimentação. Ele mantém um plantel de 25 matrizes e mais três vacas. Destaca que o mercado potencial é Rio de Janeiro e São Paulo, onde os cortes especiais são valorizados. “Com o frigorífico, vai haver um abate em alta escala, o que vai estimular a criação
de mais animais”, destaca, lembrando que a Bahia detém o maior rebanho de caprinos do Brasil e o segundo de ovinos (só perde para o Rio Grande do Sul).
Quando estiver funcionando, o abatedouro vai prestar serviço para toda a região. “Num raio de 50 km, será cobrado R$ 20,00 por cabeça”, ressalta Edemário Marques de Almeida, 36, gerente do abatedouro e membro da cooperativa. Além da organização dos produtores, os órgãos públicos também estão ajudando. Existe um comitê gestor formado por representantes da prefeitura, Sebrae, ADAB, EBDA, cooperativa, Banco do Nordeste e Sicoob, que se reúne uma vez por mês para corrigir rumos, propor alternativas e dar encaminhamentos.
O prefeito local, Walcyr Almeida, dá o exemplo. Além de ser um dos cooperados tem um rebanho de 100 cabeças de caprinos, segundo ele um animal com carne mais saborosa e saudável que a de ovino. “Minha expectativa é grande com relação ao início dos trabalhos do abatedouro, que vai gerar mais emprego e renda para a população”, destaca o prefeito, lembrando que o empreendimento foi construído pelos próprios produtores, que acreditaram desde o início nessa forma de produzir carne legal e certificada.

Serviço:
Sebrae na Bahia - (71) 3320-4300

quarta-feira, 12 de março de 2008

PROGRAMA SEMEANDO - 2008

Programa Semeando
O QUE É O PROGRAMA?
O Programa SEMEANDO é um conjunto de ações da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária - SEAGRI, através da Superintendência de Agricultura Familiar - Suaf e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA para assegurar sementes e mudas de boa qualidade, no tempo certo, para os agricultores familiares da Bahia.
COMO VÃO SER DESENVOLVIDAS AS AÇÕES?
De forma emergencial - com ações que visam atender às necessidades emergenciais, por isso o Governo do Estado está comprando sementes e mudas para distribuição;
Por estocagem - ações voltadas para a produção de estoques estratégicos, com implantação de campos nas áreas irrigadas das unidades de pesquisa da EBDA;
Estruturação de bancos de sementes - O SEMEANDO também capacita os agricultores para produzirem suas próprias sementes e mudas, além de apoiar financeiramente a constituição de bancos de sementes comunitários.
O QUE SE ESPERA?
A expectativa do Governo Estadual é de que, aos poucos, os agricultores, as comunidades e os municípios produzam e guardem suas próprias sementes, diminuindo a dependência do Estado e gerando autonomia local.
O QUE VAI ACONTECER NESTE ANO DE 2007?
A EBDA e a Suaf já iniciaram a capacitação para 80 produtores de sementes e começaram a plantar sementes de qualidade no campo experimental da Seagri, em Utinga.
Para os agricultores que plantam agora, no verão, foram compradas, para distribuição, 2.000 toneladas de sementes de feijão, milho, mamona e inhame; 366 mil mudas de fruteiras e 26 toneladas de sementes de hortaliças, beneficiando 55 mil agricultores familiares.
COMO SE DARÁ A DISTRIBUIÇÃODAS SEMENTES E MUDAS?
Para organizar o processo de distribuição com transparência, foi formada uma comissão estadual de sementes, composta por representantes da Suaf, EBDA, Fundo Estadual de Combate à Pobreza - Funcep, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar - Fetraf, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia - Fetag, Movimento dos Sem Terra - MST e Movimento de Trabalhadores Acampados e Assentados da Bahia - CETA.
As empresas que ganharam as licitações feitas pela Seagri entregarão as sementes e mudas nos escritórios regionais da EBDA. Em cada município deverá ser formada também uma comissão municipal composta por representantes da EBDA, prefeitura, sindicato dos trabalhadores rurais e das igrejas. Onde houver CMDRS atuante, este deverá destacar uma comissão para a distribuição.
O transporte das sementes e mudas, do escritório regional da EBDA para os locais de distribuição, deverá ser providenciado localmente.
Cada município receberá uma quantidade de sementes e mudas proporcional ao número de agricultores familiares existentes.
Para receber as sementes, a comissão ou o CDMRS elaborará uma lista de beneficiá rios, considerando como prioritários os agricultores (ou agricultoras) que:
Não receberam crédito bancário para o plantio;
Sejam caracterizados como do Grupo B, do Pronaf;
Plantem menos de cinco hectares de lavouras;
Sejam assentados da Reforma Agrária.
DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES POR TERRITÓRIO DE IDENTIDADE
Programa de Distribuição de Sementes Safra Verão 2007/ 2008
TERMOS DE RECEBIMENTO DE SEMENTES
Comissão territorial
Comissão municipal
Comissão comunitária
Agricultores familiares
MAIORES INFORMAÇÕES
Escritórios locais e regionais da EBDA;
Superintendência de Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (semeando@seagri.ba.gov.br).
MAIORES INFORMAÇÕES
Superintendência de Agricultura Familiar - SUAF
Tels.: (71) 3115-2839/ 2700
Página da SUAF na Home Page Seagri

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

VIII EXPOPINTADAS - 08 A 11 DE NOVEMBRO DE 2007

EXPOSIÇÃO ESPECIALIZADA DE CAPRINOS E OVINOS
COM INCLUSÃO DE GADO DE LEITE E AGRICULTURA FAMILIAR


DE 08 A 11 DE NOVEMBRO DE 2007
PINTADAS-BA

Click na Foto acima para mais informações

terça-feira, 25 de setembro de 2007

AgroVida

O Que É o AgroVida?

O Grupo AgroVida - Movimento de Apoio a Agricultura Familiar e Agropecologia é uma entidade civil, sem fins lucrativos, fundado em 12 de fevereiro de 2004 e tem como Missão:

"Desenvolver e experimentar metodologias participativas com professores, estudantes, agricultores (as) familiares, técnicos(as)e gestores (as) rurais, inserido no contexto da Agricultura Familiar por meios de princípios educativos baseados na Agroecologia, facilitando o desenvolvimento rural sustentável bem como estimular parcerias, o diálogo local e a solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, visando á construção de políticas públicas de educação para o campo".

Como Surgiu o AgroVida?....

Em novembro de 2002, um grupo de estudantes, oriundos de cidades do interior da Bahia (alguns deles filhos de agricultores familiares), ingressa na antiga Escola de Agronomia da UFBA, com anseios de adiquirirem conhecimentos técnicos que o possibilitassem, ao retornarem ás suas cidades de origem, aplicá-los de forma a contribuir para melhores expectativa e qualidade de vida da população.
Perplexos com a falta de disciplinas e atividades voltadas ao pequeno produtor, os integrantes do AgroVida começaram a questionar que tipo de profissional estava sendo formado e se a formação desses profissionais atenderia às demandas da sociedade. Desde então, iniciara um movimento que trazia para o bojo dos debates universitários, os temas: Agricultura Familiar e Agroecologia.
Esses estudantes passaram a se reunir toda semana e tinha a participação de jovens de todas as regiões do Estado da Bahia e, discutiam entre outros temas, alternativas para a formação dos profissionais das ciências agrárias. Conheceram então os agricultores do Projeto Volta à Terra que produzem alimentos para a subsistência nas terras da atual UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). Mas ao longo dos anoso projeto foi sendo esquecido pela Universidade e o que deveria ser um projeto piloto na área de pesquisa, ensino e extensão, estava com os dias contados.
Os trabalhos desenvolvidos pelo AgroVida construiram uma parceria com o Projeto e conquistou o apoio da atual Reitoria e de alguns Professores (as). Este apoio foi importante porque sensibilizou a Universidade da necessidade de reformular o Projeto Volta à Terra que além de capacitar e assessorar os agricultores irá também servir de instrumento pedagógico para os estudantes. O processo de reformulação do Projeto foi iniciado em 2006 e provavelmente será concluído em 2007 com apoio do NAAF - Núcleo de Agricultura Familiar e Agroecologia/UFRB.
Diante do desafio de construir modelos de agricultura sustentável, com responsabilidade social e ambiental, o AgroVida vem realizando todos os anos o Encontro Sobre Agroecologia e Agricultura familiar na UFRB. Estes encontros têm como públicos alvo, os(as) agricultores(as) familiares, estudantes, gestores(as) e lideranças com o objetivo de aproximar a Universidade da Sociedade proporcionando espaçosde debates e interação entre os diversos atores sociais. Nos últimos encontros realizados foi elaborado um documento, assinado por representantes de ONG's, Estudantes e Universidade, e entregue aos realizadores do evento (AgroVida, UFRB, FETRAF-BA). Uma dessas demandas foi a criação de um Núcleo de Agricultura Familiar e Agroecologia (NAAF) que servisse de referência para todo o Estado da Bahia. Foi mais uma conquista! O NAAF já tem sede própria e começou as atividades no 1º semestre de 2007. Este ano realizou o 3º Encontro Sobre Agroecologia e Agricultura Familiar.
Assim nasce o grupo AgroVida, comprometido com a formação de profissionais que atendam as demandas sociais, contribuindo para que a universidade se aproxime cada vez mais da sociedade.

Como se filiar no AgroVida!

Os interessados em trabalhar com Agricultura Familiar e Agroecologia, procurar qualquer membro do AgroVida ou enviar e-mail para agrovida_ufba@yahoo.com.br.

Requesitos para participar do AgroVida:
1.Ter interesse pelas temáticas: Agroecologia e Agricultura Familiar;
2. Ser matriculado em qualquer curso da UFRB.

Contatos: agrovida_ufba@yahoo.com.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

VIII CAVALGADA E V JEGADA DE PINTADAS - BA


16 de setembro de 2007
Álbum em breve!!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

VIII EXPOPINTADAS - 08 A 11 DE NOVEMBRO DE 2007

EXPOSIÇÃO ESPECIALIZADA DE CAPRINOS E OVINOS
COM INCLUSÃO DE GADO LEITEIRO E AGRICULTURA FAMILIAR

IV LEILÃO BRILHO DAS RAÇAS


8ª EXPOPINTADAS
DE 08 A 11 DE NOVEMBRO 2007
PINTADAS-BA

A VIII ExpoPintadas será realizada no Centro de Comercialização de Animais, no Município de Pintadas, no período de 08 a 11 de novembro de 2007, sob a coordenação da Prefeitura Municipal de Pintadas e COOAP - Cooperativa Agroindústrial Pintadas LTDA, em parceria com ACCOBA, Banco do Nordeste, Sebrae, Banco do Brasil, Sicoob Sertão, Rede Pintadas, Centro Comunitário de Serviços de Pintadas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pintadas, Rádio Educativa FM 104,9, Mandato da Gente, e Governo do Estado - SEAGRI - SUAF - EBDA - ADAB.

Durante 04 dias, estarão em exposição os ovinos, caprinos, bovinos leiteiro e produtos da agricultura familiar, não só de Pintadas, como de cidades de toda a Bahia (Ipirá, Feira de Santana, Mairi, Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Riachão do Jacuípe e outras).



REALIZAÇÃO

COOAP - COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL PINTADAS LTDA
DIOMÉCIO JUVENCIO - PRESIDENTE
EMAIL- cooap1@yahoo.com.br

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINTADAS
PREFEITO VALCYR RIOS

SADE - SECRETARIA MUL. DE AGRICULTURA
E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

DERNIVAL EPIFÂNIO
SECRETÁRIO DE AGRICULTURA

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA
VALBERTO SENA - SECRETÁRIO

PROGAMAÇÃO

08/11/2007 Quinta-Feira

08:00 às 23:00- ENTRADA DOS ANIMAIS NO PARQUE DE EXPOSIÇÕES.
Exigencias Sanitárias

GTA (todos os animais);

Atestado Clinico Negativo de Epididimite (ovinos machos acima de 06 meses)
não será permitida a entrada de animais com Linfadenite, mastite, ou que esteja debilitado;

Bovinos: exames de Tuberculose e Brucelose.

09/11/2007 Sexta-Feira

08:00 às 12:00 - MENSURAÇÃO E PESAGEM DOS ANIMAIS QUE IRÃO PARA JULGAMENTO.
apartir das 14:00 - JULGAMENTO DAS RAÇAS - BOER, DORPER, SANTA INÊS.

JULGAMENTO Dr JOSELITO ARAÚJO BARBOSA

21:00 - Show Musical

10/11/2007 Sábado

08:00 às 12:00 - Encerramento do Julgamento das Raças

14:00 às 15:00 - Premiação dos Campeões e Grandes Campeões

15:00 às 16:00 - Apresentação dos Animais que irão a Leilão

16:00 - Início do 4º Leilão Brilho das Raças

21:00 SHOW MUSICAL

11/11/2007 Domingo

08:00 às 10:00 - ENCERRAMENTO DA EXPOPINTADAS.


OFICINAS :

MERCADO CAPRINO-OVINOCULTURA NO BRASIL;
GERENCIAMENTO DE PROPRIEDADE;
QUALIDADE DO LEITE;
CERTIFICAÇÃO DO PRODUTO AGROPECUÁRIO;

OBS.: SERÃO REALIZADAS OFICINAS DURANTE TODO O EVENTO.
HORÁRIOS SERÃO DIVULGADOS AQUI, APARTIR DE 15 DE OUTUBRO.


MAIORES INFORMAÇÕES - RESERVAS DE BAIAS (R$ 50,00)

SADE - SECRETARIA DE AGRICULTURA
FONE/FAX: 0XX75-3693-2215 RAMAL 25
sadepintadas@yahoo.com.br
Dernival, Delman, Nereide e Fábio

SADE - SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA
FONE/FAX: 0XX75-3693-2215
VALBERTO SENA

COOAP -COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL PINTADAS LTDA
FONE: 0XX75-3693-2323
cooap1@yahoo.com.br
Diomécio Juvêncio e Ademário

RESERVAS DE POUSADAS

POUSADA SENA -
FONE: 0XX75-3693-2235

POUSADA GERSOUZA -
FONE: 0XX75-3693-2113

POUSADA COLINA -
FONE: 0XX75-3693-2213







terça-feira, 7 de agosto de 2007

Manejo alimentar - Ovinos

Reprodutor: Volumoso

Concentrado - antes e durante a estação de monta

0,300 - 0,500 kg/an/dia
Ovelha: Volumoso

Concentrado: Flushing reprodutivo

0,300 - 0,500 kg/an/dia
Gestação: Volumoso

Melhor pastagem 60 dias pré-parto

Feno (500gr)

Silagem (3 a 4 kg)

ou 1 kg de feno e 2 ou 3 kg de silagem

Concentrado: 300gr/an/dia
Lactação: Volumoso

Concentrado : 400 a 500 gr/an/dia
Cordeiro: Aleitamento
A partir dos 2 meses: Volumoso à vontade

Concentrado: 200 a 300 g/an/dia;elevando 100g/m até alcançar 1 kg/dia, em regra, 3% do p.v. de matéria seca e 10% de matéria verde.
6 Semanas: 1,5 a 2 kg feno/dia de concentrado


Fornecimento de água e sal mineral a todas as categorias, à vontade.
Observação:

- Alimentação para gestação: é responsável pelo crescimento do feto e formação dos folículos responsáveis pela produção de lã;
- Cordeiro - aleitamento: responsável pelo desenvolvimento dos folículos existentes;
- Ovelhas em lactação: produção de leite e lã (Proteína)

Considerando que os requerimentos nutricionais dos animais e as disponibilidades dos pastos variarem consideravelmente durante o ano, um bom esquema de manejo é aquele que é adequado aos períodos de maior necessidade alimentar dos animais (prenhez, lactação, crescimento) com os períodos de maior disponibilidade de pastos, todavia, isto depende das condições climáticas que varia muito a cada ano. Entretanto, o emprego de normas adequadas permite melhorar os principais parâmetros que caracterizam uma produção deficiente:

- alta mortalidade dos cordeiros nascidos em relação ao número de ovelhas acasaladas;
- pouco desenvolvimento dos animais na fase de crescimento;
- baixa quantidade de lã produzida por animal e
- alta porcentagem de lã de categoria inferior.

Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção:

- o momento de acasalar, sinalar e desmamar os cordeiros;
- o momento de tosquiar;
- o momento de dosificar, vacinar, banhar os animais e
- quando selecionar os animais.

Tem-se observado que a falta de conhecimento sobre alimentação, entre a maioria dos criadores, é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade das diferentes espécies e pelo manejo inadequado dos rebanhos em diferentes épocas e em determinadas circunstâncias.

Os nutrientes reconhecidos como essenciais são, geralmente, classificados de acordo com as propriedades químicas, físicas e biológicas em 6 grupos: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas.
Necessidades nutricionais

- Água: auxilia na dissolução ou suspensão de outros nutrientes; responsável pela conservação da forma do corpo e é vital no controle da temperatura corporal. Ela representa ao redor de 70% da composição do corpo do cordeiro, O ovino consome 1 -6 l/d.

- Hidratos de carbono ou glicídios: os açúcares, o amido e a celulose são hidratos de carbono que apresentam quase a mesma composição química, mas difere no processo de digestão pelo organismo animal. O hidrato de carbono não contém N, que é o elemento característico das proteínas, por isso, são encontrados como E.N.N. (açúcares, amido, hemicelulose) a outra parte dos hidratos de carbono são chamados de fibra bruta (celulose e outros glicídios). O valor destas duas frações para os ovinos se apresenta sob dois aspectos: 1º- a parte fibrosa dá volume à ração, fator importante na alimentsação dos herbívoros; 2º- a fração dos hidratos de carbono solúveis funciona como fonte de energia de utilização imediata.

- Proteínas: são formadas nas plantas pelo nitrogênio, fosfatos e outros sais obtidos do solo e combinadas com o carbono, oxigênio e hidrogênio. As proteínas que o ovino consome são quase exclusivamente de origem vegetal. As folhas e as sementes das plantas são fontes ricas em proteínas. A qualidade da proteína, nos ruminantes é sintetizada desde que receba materiais necessários, os diferentes aminoácidos, que são por sua vez formadores de proteínas. A principal função das proteínas é construir ou reparar os tecidos, que constituem os músculos, pele, órgãos internos, parte do tecido ósseo e nervoso. A lã é constituída por um composto protéico, a queratina. Os ovinos necessitam da proteína para o crescimento, reprodução, crescimento de 11, além da reposição de tecidos e fluidos do organismo.

- Gorduras: possuem os mesmos elementos químicos que os hidratos de carbono, porém, com menor proporção de oxigênio. Nos vegetais, pastos, fenos e silagens, o termo gordura, não diz respeito a gordura, propriamente dita, mas também outras substâncias esteróis, ceras, fosfolipídios, clorofilas, carotenos e outros pigmentos vegetais. Nas sementes, porém, o seu conteúdo em gordura, representa gordura verdadeira. A função da gordura é destinada a produção de calor e energia.

- Minerais: são indispensáveis para o animal e aumentam grandemente o valor da forragem. Os elementos minerais mais importantes geralmente contidos nos alimentos são; cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, ferro, cobre, enxofre, iodo, zinco, cloro e cobalto. Destinam-se, no organismo animal a atender às seguintes finalidades:

- formar os ossos e dar-lhes a necessária rigidez;
- constituir uma parte dos músculos, células do sangue e lã;
- integrar as substâncias solúveis que compõem a parte líquida do corpo;
- estimular a absorção dos alimentos e preservar de decomposição os princípios orgânicos consumidos;
- tonificar todos os sistemas do organismo animal, reforçando a resistência as doenças.

A quantidade de minerais contidos nas plantas forrageiras será diretamente proporcional ao teor desses alimentos contidos no solo.

- Vitaminas: importante para perfeito estado de saúde dos animais.

Vitamina "A" - sintetizada pelo animal à partir do caroteno das plantas: deficiência; cegueira noturna, perda de apetite, aborto, natimorto, infecções respiratórias é importante na reprodução; fonte;- forragens verdes, principalmente fenos;
Vitamina "K" - anti-hemorrágica, função: garantir a saúde dos vasos capilares. Os ruminantes a sintetizam no rúmen;
Vitamina "D" - regula a assimilação do Ca e P, evitando o raquitismo. É sintetizada pela presença do sol;
Vitamina "E" - importante na reprodução, está presente na maioria das forragens. A doença muscular branca em cordeiros é resultante de uma deficiência de vitamina E.
Vitamina "C" - é sintetizada pela maioria dos animais, sua inclusão é necessária para os cordeiros recém-nascidos.
Vitamina "B" - é sintetizado pelo rúmen do animaL O complexo B estimula o apetite, protege contra distúrbios nervosos e gastrointestinais e é essencial para a reprodução e lactação.
Alimentos:

Pastagens, Fenos e silagens, Palhadas e Concentrados
Introdução

Planejamento na forma de pastagens e preparo de alimentos complementares (rações e [ ] - concentrados); cuidados especiais com a sanidade do rebanho (vacinas, vermifugação e banhos sanitários), acompanhamento da cobertura, gestação e parto dos animais (assim como a sua desmama) e os preparativos para a tosquia e abate são os principais itens de manejo na ovinocultura.

Alimentação: Os ovinos possuem a capacidade de aproveitar alimentos fibrosos e grosseiros como capins, ramos e palhas. Isto se deve à constituição do aparelho digestivo - características dos ruminantes quando apresentam o estômago muito desenvolvido e dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso.

A capacidade de digestão e o aproveitamento de forragem, dependerão da eficiência de seu desempenho e da qualidade nutricional das forragens ou outros materiais fibrosos oferecidos como parte maior da dieta. Pesquisas realizadas em várias espécies ruminantes mostram que o ideal é o fornecimento mínimo de 50 a 70% da MS da dieta na forma de volumoso.

Portanto, a alimentação dos ovinos deve ser feita basicamente à pasto, havendo necessidade de suplementação somente em situações especiais. O fornecimento excessivo de concentrado, também pode favorecer a ocorrência de problemas fisiopatológicos nos animais, tais como, timpanismo, cetose, enterotoxemia e diarréias.

Hábito de pastejo: pasteja de preferência gramíneas, realizando corte uniforme e baixo nos vegetais, a medida que andam pela pastagem, já as raças deslanadas tendem a apresentar um comportamento semelhante ao dos caprinos, ingerindo uma quantia considerável de ramos e folhas fazendo um pastejo mais seletivo e menos uniforme. Outro aspecto importante do comportamento dos ovinos em pastagem é o fato de evitarem pasto alto (acima de sua altura). Nessa situação, o plantel tende a permanecer na periferia do posto, penetrando na pastagem somente após o rebaixamento do mesmo, através do pastejo ou pisoteio por bovinos ou roçadeiras.

Forrageiras adequadas: Se for considerado o hábito de pastejo do ovino, de pastejo baixo, ou seja, colhe as forragens bem próximas ao solo, as forrageiras mais indicadas são; Pangola (Digitaria decumbens c. v. Pangola) , Estrela Africana (Cynodon plectastachyns), Pensacola (Paspalum notatum), Coast-Cross (Cynodon dactdon), e Quiquio (Penninsetun Clandestinum). Outras forrageiras podem ser utilizadas, desde que manejadas baixas, como; Capim de Rhodes (Chlorys Gayanus), Andropogon (Andropogon Gayanus) e algumas variedades de Panicum (Centauro, Tanzânia). Estas forrageiras são muito bem aceitas pelos ovinos e apresentam bom valor nutricional. Em regiões de clima ameno, pode-se fazer uso de forrageiras de inverno como a Aveia Preta (Avena Strígosa) ou o Azevém (Lolium Multzflorum), quando são anuais.

A escolha das forrageiras utilizadas nos pastos se baseará nas características de clima e solo da região onde se localiza a propriedade, sendo interessante utilizar mais de uma espécie, este método garantirá maior variedade de nutrientes oferecidos, além de representar uma garantia adicional quanto á diminuição da ocorrência de pragas, doenças, intempéries climáticas, já que diversas forrageiras se comportam de maneira diferente diante das condições ambientais. O consórcio gramínea/leguminosa em pastagem para ovinos é um procedimento aconselhável, não só no âmbito da nutrição (eleva o nível de proteína da dieta) como também melhora a produtividade da pastagem, devido à capacidade das leguminosas, em fixar N atmosférico pelas bactérias (Rhizobium) que vivem em simbiose com suas raízes.
Pastos-vegetação

Sem uma boa alimentação, é inútil pensar-se em raças especializadas. Esta é necessária para a economia e o aperfeiçoamento de um rebanho, pois é sabido que as raças especializadas são conseguidas em boa parte, com os cuidados com a alimentação.

Os ovinos preferem pastos rasteiros, vegetais baixos, forragens finas, macias, leguminosas, arbustos.

Preferem lugares altos, descampados, secos e permeáveis. Fogem às umidades das baixadas, os campos de carrapichos. Escolhem campos abrigados dos fortes ventos por eucaliptos e outros arvoredos que lhes servem de proteção.

Os ovinos produziram mais, recebendo boa alimentação. Daí ser necessário cultivar forrageiras de alto valor nutritivo. As pastagens devem ser racionalmente divididas, e o emprego de arame liso.Algumas forrageiras recomendadas:

- Capim de Rhodes: muito utilizado na formação de pastagens; é bem aceito pelos ovinos tem bom valor nutritivo.
- Trevo Branco: ótimo para a formação de pastagem, consorciado com outras forrageiras. Prefere solos argilosos, mas adapta-se a qualquer qualidade de terreno.
- Grama Bermuda: a sua utilização para ovinos é grande, capim de crescimento rápido, boa cobertura do terreno, resistente ao pisoteio e a seca, muito rústica. Boa palatabilidade e valor nutricional.
- Capim Quiquio: forma densos gramados, de folhas estreitas, colmos finos, enraíza com facilidade, resiste ao pisoteio, ao fogo e ao frio.
- Aveia Perene: gramínea muito precoce, produtiva, resistente ao frio, adapta-se a diversos tipos de solos, não muito exigentes. E utilizada como forragem de inverno, podendo ser pastejo direto ou cortada para feno ou forragem verde.
- Azevém: gramínea não exigente em solo, vegeta bem em locais de boa umidade (sem água estagnada). É bem aceita tanto no pastejo como fenada. Pode ser consorciada com frevo, alfafa.
- Setária Anceps: resistente á seca, pouca exigência em solos, tolerante á geada (menor teor de oxalato), usada para pastejo ou fenação.
- Centrozema pubescen; leguminosa, trepadeira, pouca resistência ao frio, geada, vegeta bem tanto em solos pobres como férteis, resistente à seca. Usada principalmente para pastoreio.

Lotação e Manejo dos pastos: um dos aspectos mais importantes no manejo das pastagens é a determinação da carga animal que permanecerá no pasto. Considera-se a produtividade da forrageira utilizada em MS e o consumo médio diário de um animal adulto 3% PV em MS. A lotação pode ser estimada de 8 a 10 an./ha., sendo que este número poderá ser maior ou menor, conforme as condições ambientais.

Aguadas: permanentes correntes; na ausência há necessidade de construção de bebedouros.

Tranqüilidade: não é necessário recolhe-las à noite em abrigos, podendo ficar solta no campo. Deve ter abrigos para os ovinos se protegerem das grandes chuvas e ventos fortes (pode-se empregar bosques de eucaliptos). Evitar presença de cães, que são inimigos naturais.
Sistema de pastejo

Contínuo: diminui a necessidade de cerca e bebedouros e como desvantagem é o menor aproveitamento da forragem disponível;
Rotacionado: melhor aproveitamento da forragem (controla a intensidade e a uniformidade de pastoreio), facilita o controle de verminose (o período de descanso diminui o nível de infestação de larvas sob a ação radiação solar e ventos). Períodos de descanso 35 a 42 dias. Sazonalidade de produção de pastagens: dependendo das condições climáticas de cada região estas determinarão duas estações definidas - chuva ou calor e seca com temperaturas baixas. Essas duas estações provocam, nas espécies forrageiras, um ritmo de crescimento bastante intenso na estação das águas em confronto com baixas taxas de crescimento no período seco. Esse problema poderá ser contornado com a utilização de fenos e silagens ou produção das forrageiras de inverno (como aveia, azevém ou centeio).
Exigências Nutricionais

As exigências nutricionais dos ovinos, em proteína, energia, minerais e vitaminas, variam em função de:

Raça: as mais precoces e de grande porte, como as especializadas na produção de carne, em geral apresentam maior exigência nutricional que as produtoras de lã ou mistas. Já as raças deslanadas tendem a serem ainda menos exigentes;
Idade: os animais mais jovens apresentam maiores exigências nutricionais , em razão do maior ritmo de crescimento;
Categoria ou situação fisiológica: as exigências nutricionais variam significativamente conforme o estado fisiológico apresentado pelo animal. A gestação, particularmente, em seu 1/3 final, e a lactação, levam a um aumento dessas exigências. Animais doentes, em fase de tratamento e recuperação, exigem maiores cuidados nutricionais;

Em criações extensivas onde os animais têm que percorrer grandes distâncias entre áreas de pastejo, cocho de sal ou bebedouros, as necessidades nutricionais, principalmente energéticas, tendem a ser maiores que as de animais em pastagens menores e mais produtivas.

Em geral, os ovinos podem ser mantidos exclusivamente em regime de pasto, tendo sempre à disposição água e sal mineral à vontade. Em determinadas épocas do ano pode ser necessário o fornecimento de forragem conservada como complemento alimentar. Também são recomendáveis suplementares algumas categorias, como ovelhas no 1/3 final de gestação, e lactação, cordeiros desmamados e reprodutores em serviço.

Alimentação de animais de Cabanha: a instalação é adotada para reprodutores e matrizes de alta linhagem, bem como animais que estão sendo preparados para exposição ou cordeiros (machos e fêmeas) destinados à venda para reprodução. Estes animais são mantidos na cabanha para que se possa dar uma alimentação mais adequada de modo que estas categorias manifestem todo o seu potencial genético. A alimentação destes animais pode ser feita basicamente de 2 formas; a primeira, com ração completa, ou seja, já com o volumoso incluído, ou fornecendo separadamente, o volumoso (capineira/feno) mais o concentrado. Na segunda opção, fornecimento de volumoso e concentrado, o volumoso (feno, capineiras ou silagem), deve estar sempre à disposição do animal e apresentar boa qualidade.

Manejo alimentar - Ovinos


Equipe de Ovinocultura/FZEA-USP

Planejamento alimentar

Reprodutor: Volumoso

Concentrado - antes e durante a estação de monta

0,300 - 0,500 kg/an/dia
Ovelha: Volumoso

Concentrado: Flushing reprodutivo

0,300 - 0,500 kg/an/dia
Gestação: Volumoso

Melhor pastagem 60 dias pré-parto

Feno (500gr)

Silagem (3 a 4 kg)

ou 1 kg de feno e 2 ou 3 kg de silagem

Concentrado: 300gr/an/dia
Lactação: Volumoso

Concentrado : 400 a 500 gr/an/dia
Cordeiro: Aleitamento
A partir dos 2 meses: Volumoso à vontade

Concentrado: 200 a 300 g/an/dia;elevando 100g/m até alcançar 1 kg/dia, em regra, 3% do p.v. de matéria seca e 10% de matéria verde.
6 Semanas: 1,5 a 2 kg feno/dia de concentrado

Fornecimento de água e sal mineral a todas as categorias, à vontade.

Observação:

- Alimentação para gestação: é responsável pelo crescimento do feto e formação dos folículos responsáveis pela produção de lã;
- Cordeiro - aleitamento: responsável pelo desenvolvimento dos folículos existentes;
- Ovelhas em lactação: produção de leite e lã (Proteína)

Considerando que os requerimentos nutricionais dos animais e as disponibilidades dos pastos variarem consideravelmente durante o ano, um bom esquema de manejo é aquele que é adequado aos períodos de maior necessidade alimentar dos animais (prenhez, lactação, crescimento) com os períodos de maior disponibilidade de pastos, todavia, isto depende das condições climáticas que varia muito a cada ano. Entretanto, o emprego de normas adequadas permite melhorar os principais parâmetros que caracterizam uma produção deficiente:

- alta mortalidade dos cordeiros nascidos em relação ao número de ovelhas acasaladas;
- pouco desenvolvimento dos animais na fase de crescimento;
- baixa quantidade de lã produzida por animal e
- alta porcentagem de lã de categoria inferior.

Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção:

- o momento de acasalar, sinalar e desmamar os cordeiros;
- o momento de tosquiar;
- o momento de dosificar, vacinar, banhar os animais e
- quando selecionar os animais.

Tem-se observado que a falta de conhecimento sobre alimentação, entre a maioria dos criadores, é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade das diferentes espécies e pelo manejo inadequado dos rebanhos em diferentes épocas e em determinadas circunstâncias.

Os nutrientes reconhecidos como essenciais são, geralmente, classificados de acordo com as propriedades químicas, físicas e biológicas em 6 grupos: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas.

Necessidades nutricionais

- Água: auxilia na dissolução ou suspensão de outros nutrientes; responsável pela conservação da forma do corpo e é vital no controle da temperatura corporal. Ela representa ao redor de 70% da composição do corpo do cordeiro, O ovino consome 1 -6 l/d.

- Hidratos de carbono ou glicídios: os açúcares, o amido e a celulose são hidratos de carbono que apresentam quase a mesma composição química, mas difere no processo de digestão pelo organismo animal. O hidrato de carbono não contém N, que é o elemento característico das proteínas, por isso, são encontrados como E.N.N. (açúcares, amido, hemicelulose) a outra parte dos hidratos de carbono são chamados de fibra bruta (celulose e outros glicídios). O valor destas duas frações para os ovinos se apresenta sob dois aspectos: 1º- a parte fibrosa dá volume à ração, fator importante na alimentsação dos herbívoros; 2º- a fração dos hidratos de carbono solúveis funciona como fonte de energia de utilização imediata.

- Proteínas: são formadas nas plantas pelo nitrogênio, fosfatos e outros sais obtidos do solo e combinadas com o carbono, oxigênio e hidrogênio. As proteínas que o ovino consome são quase exclusivamente de origem vegetal. As folhas e as sementes das plantas são fontes ricas em proteínas. A qualidade da proteína, nos ruminantes é sintetizada desde que receba materiais necessários, os diferentes aminoácidos, que são por sua vez formadores de proteínas. A principal função das proteínas é construir ou reparar os tecidos, que constituem os músculos, pele, órgãos internos, parte do tecido ósseo e nervoso. A lã é constituída por um composto protéico, a queratina. Os ovinos necessitam da proteína para o crescimento, reprodução, crescimento de 11, além da reposição de tecidos e fluidos do organismo.

- Gorduras: possuem os mesmos elementos químicos que os hidratos de carbono, porém, com menor proporção de oxigênio. Nos vegetais, pastos, fenos e silagens, o termo gordura, não diz respeito a gordura, propriamente dita, mas também outras substâncias esteróis, ceras, fosfolipídios, clorofilas, carotenos e outros pigmentos vegetais. Nas sementes, porém, o seu conteúdo em gordura, representa gordura verdadeira. A função da gordura é destinada a produção de calor e energia.

- Minerais: são indispensáveis para o animal e aumentam grandemente o valor da forragem. Os elementos minerais mais importantes geralmente contidos nos alimentos são; cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, ferro, cobre, enxofre, iodo, zinco, cloro e cobalto. Destinam-se, no organismo animal a atender às seguintes finalidades:

- formar os ossos e dar-lhes a necessária rigidez;
- constituir uma parte dos músculos, células do sangue e lã;
- integrar as substâncias solúveis que compõem a parte líquida do corpo;
- estimular a absorção dos alimentos e preservar de decomposição os princípios orgânicos consumidos;
- tonificar todos os sistemas do organismo animal, reforçando a resistência as doenças.

A quantidade de minerais contidos nas plantas forrageiras será diretamente proporcional ao teor desses alimentos contidos no solo.

- Vitaminas: importante para perfeito estado de saúde dos animais.

Vitamina "A" - sintetizada pelo animal à partir do caroteno das plantas: deficiência; cegueira noturna, perda de apetite, aborto, natimorto, infecções respiratórias é importante na reprodução; fonte;- forragens verdes, principalmente fenos;
Vitamina "K" - anti-hemorrágica, função: garantir a saúde dos vasos capilares. Os ruminantes a sintetizam no rúmen;
Vitamina "D" - regula a assimilação do Ca e P, evitando o raquitismo. É sintetizada pela presença do sol;
Vitamina "E" - importante na reprodução, está presente na maioria das forragens. A doença muscular branca em cordeiros é resultante de uma deficiência de vitamina E.
Vitamina "C" - é sintetizada pela maioria dos animais, sua inclusão é necessária para os cordeiros recém-nascidos.
Vitamina "B" - é sintetizado pelo rúmen do animaL O complexo B estimula o apetite, protege contra distúrbios nervosos e gastrointestinais e é essencial para a reprodução e lactação.

Alimentos:

Pastagens, Fenos e silagens, Palhadas e Concentrados

Introdução

Planejamento na forma de pastagens e preparo de alimentos complementares (rações e [ ] - concentrados); cuidados especiais com a sanidade do rebanho (vacinas, vermifugação e banhos sanitários), acompanhamento da cobertura, gestação e parto dos animais (assim como a sua desmama) e os preparativos para a tosquia e abate são os principais itens de manejo na ovinocultura.

Alimentação: Os ovinos possuem a capacidade de aproveitar alimentos fibrosos e grosseiros como capins, ramos e palhas. Isto se deve à constituição do aparelho digestivo - características dos ruminantes quando apresentam o estômago muito desenvolvido e dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso.

A capacidade de digestão e o aproveitamento de forragem, dependerão da eficiência de seu desempenho e da qualidade nutricional das forragens ou outros materiais fibrosos oferecidos como parte maior da dieta. Pesquisas realizadas em várias espécies ruminantes mostram que o ideal é o fornecimento mínimo de 50 a 70% da MS da dieta na forma de volumoso.

Portanto, a alimentação dos ovinos deve ser feita basicamente à pasto, havendo necessidade de suplementação somente em situações especiais. O fornecimento excessivo de concentrado, também pode favorecer a ocorrência de problemas fisiopatológicos nos animais, tais como, timpanismo, cetose, enterotoxemia e diarréias.

Hábito de pastejo: pasteja de preferência gramíneas, realizando corte uniforme e baixo nos vegetais, a medida que andam pela pastagem, já as raças deslanadas tendem a apresentar um comportamento semelhante ao dos caprinos, ingerindo uma quantia considerável de ramos e folhas fazendo um pastejo mais seletivo e menos uniforme. Outro aspecto importante do comportamento dos ovinos em pastagem é o fato de evitarem pasto alto (acima de sua altura). Nessa situação, o plantel tende a permanecer na periferia do posto, penetrando na pastagem somente após o rebaixamento do mesmo, através do pastejo ou pisoteio por bovinos ou roçadeiras.

Forrageiras adequadas: Se for considerado o hábito de pastejo do ovino, de pastejo baixo, ou seja, colhe as forragens bem próximas ao solo, as forrageiras mais indicadas são; Pangola (Digitaria decumbens c. v. Pangola) , Estrela Africana (Cynodon plectastachyns), Pensacola (Paspalum notatum), Coast-Cross (Cynodon dactdon), e Quiquio (Penninsetun Clandestinum). Outras forrageiras podem ser utilizadas, desde que manejadas baixas, como; Capim de Rhodes (Chlorys Gayanus), Andropogon (Andropogon Gayanus) e algumas variedades de Panicum (Centauro, Tanzânia). Estas forrageiras são muito bem aceitas pelos ovinos e apresentam bom valor nutricional. Em regiões de clima ameno, pode-se fazer uso de forrageiras de inverno como a Aveia Preta (Avena Strígosa) ou o Azevém (Lolium Multzflorum), quando são anuais.

A escolha das forrageiras utilizadas nos pastos se baseará nas características de clima e solo da região onde se localiza a propriedade, sendo interessante utilizar mais de uma espécie, este método garantirá maior variedade de nutrientes oferecidos, além de representar uma garantia adicional quanto á diminuição da ocorrência de pragas, doenças, intempéries climáticas, já que diversas forrageiras se comportam de maneira diferente diante das condições ambientais. O consórcio gramínea/leguminosa em pastagem para ovinos é um procedimento aconselhável, não só no âmbito da nutrição (eleva o nível de proteína da dieta) como também melhora a produtividade da pastagem, devido à capacidade das leguminosas, em fixar N atmosférico pelas bactérias (Rhizobium) que vivem em simbiose com suas raízes.

Pastos-vegetação

Sem uma boa alimentação, é inútil pensar-se em raças especializadas. Esta é necessária para a economia e o aperfeiçoamento de um rebanho, pois é sabido que as raças especializadas são conseguidas em boa parte, com os cuidados com a alimentação.

Os ovinos preferem pastos rasteiros, vegetais baixos, forragens finas, macias, leguminosas, arbustos.

Preferem lugares altos, descampados, secos e permeáveis. Fogem às umidades das baixadas, os campos de carrapichos. Escolhem campos abrigados dos fortes ventos por eucaliptos e outros arvoredos que lhes servem de proteção.

Os ovinos produziram mais, recebendo boa alimentação. Daí ser necessário cultivar forrageiras de alto valor nutritivo. As pastagens devem ser racionalmente divididas, e o emprego de arame liso.Algumas forrageiras recomendadas:

- Capim de Rhodes: muito utilizado na formação de pastagens; é bem aceito pelos ovinos tem bom valor nutritivo.
- Trevo Branco: ótimo para a formação de pastagem, consorciado com outras forrageiras. Prefere solos argilosos, mas adapta-se a qualquer qualidade de terreno.
- Grama Bermuda: a sua utilização para ovinos é grande, capim de crescimento rápido, boa cobertura do terreno, resistente ao pisoteio e a seca, muito rústica. Boa palatabilidade e valor nutricional.
- Capim Quiquio: forma densos gramados, de folhas estreitas, colmos finos, enraíza com facilidade, resiste ao pisoteio, ao fogo e ao frio.
- Aveia Perene: gramínea muito precoce, produtiva, resistente ao frio, adapta-se a diversos tipos de solos, não muito exigentes. E utilizada como forragem de inverno, podendo ser pastejo direto ou cortada para feno ou forragem verde.
- Azevém: gramínea não exigente em solo, vegeta bem em locais de boa umidade (sem água estagnada). É bem aceita tanto no pastejo como fenada. Pode ser consorciada com frevo, alfafa.
- Setária Anceps: resistente á seca, pouca exigência em solos, tolerante á geada (menor teor de oxalato), usada para pastejo ou fenação.
- Centrozema pubescen; leguminosa, trepadeira, pouca resistência ao frio, geada, vegeta bem tanto em solos pobres como férteis, resistente à seca. Usada principalmente para pastoreio.

Lotação e Manejo dos pastos: um dos aspectos mais importantes no manejo das pastagens é a determinação da carga animal que permanecerá no pasto. Considera-se a produtividade da forrageira utilizada em MS e o consumo médio diário de um animal adulto 3% PV em MS. A lotação pode ser estimada de 8 a 10 an./ha., sendo que este número poderá ser maior ou menor, conforme as condições ambientais.

Aguadas: permanentes correntes; na ausência há necessidade de construção de bebedouros.

Tranqüilidade: não é necessário recolhe-las à noite em abrigos, podendo ficar solta no campo. Deve ter abrigos para os ovinos se protegerem das grandes chuvas e ventos fortes (pode-se empregar bosques de eucaliptos). Evitar presença de cães, que são inimigos naturais.

Sistema de pastejo

Contínuo: diminui a necessidade de cerca e bebedouros e como desvantagem é o menor aproveitamento da forragem disponível;
Rotacionado: melhor aproveitamento da forragem (controla a intensidade e a uniformidade de pastoreio), facilita o controle de verminose (o período de descanso diminui o nível de infestação de larvas sob a ação radiação solar e ventos). Períodos de descanso 35 a 42 dias. Sazonalidade de produção de pastagens: dependendo das condições climáticas de cada região estas determinarão duas estações definidas - chuva ou calor e seca com temperaturas baixas. Essas duas estações provocam, nas espécies forrageiras, um ritmo de crescimento bastante intenso na estação das águas em confronto com baixas taxas de crescimento no período seco. Esse problema poderá ser contornado com a utilização de fenos e silagens ou produção das forrageiras de inverno (como aveia, azevém ou centeio).

Exigências Nutricionais

As exigências nutricionais dos ovinos, em proteína, energia, minerais e vitaminas, variam em função de:

Raça: as mais precoces e de grande porte, como as especializadas na produção de carne, em geral apresentam maior exigência nutricional que as produtoras de lã ou mistas. Já as raças deslanadas tendem a serem ainda menos exigentes;
Idade: os animais mais jovens apresentam maiores exigências nutricionais , em razão do maior ritmo de crescimento;
Categoria ou situação fisiológica: as exigências nutricionais variam significativamente conforme o estado fisiológico apresentado pelo animal. A gestação, particularmente, em seu 1/3 final, e a lactação, levam a um aumento dessas exigências. Animais doentes, em fase de tratamento e recuperação, exigem maiores cuidados nutricionais;

Em criações extensivas onde os animais têm que percorrer grandes distâncias entre áreas de pastejo, cocho de sal ou bebedouros, as necessidades nutricionais, principalmente energéticas, tendem a ser maiores que as de animais em pastagens menores e mais produtivas.

Em geral, os ovinos podem ser mantidos exclusivamente em regime de pasto, tendo sempre à disposição água e sal mineral à vontade. Em determinadas épocas do ano pode ser necessário o fornecimento de forragem conservada como complemento alimentar. Também são recomendáveis suplementares algumas categorias, como ovelhas no 1/3 final de gestação, e lactação, cordeiros desmamados e reprodutores em serviço.

Alimentação de animais de Cabanha:
a instalação é adotada para reprodutores e matrizes de alta linhagem, bem como animais que estão sendo preparados para exposição ou cordeiros (machos e fêmeas) destinados à venda para reprodução. Estes animais são mantidos na cabanha para que se possa dar uma alimentação mais adequada de modo que estas categorias manifestem todo o seu potencial genético. A alimentação destes animais pode ser feita basicamente de 2 formas; a primeira, com ração completa, ou seja, já com o volumoso incluído, ou fornecendo separadamente, o volumoso (capineira/feno) mais o concentrado. Na segunda opção, fornecimento de volumoso e concentrado, o volumoso (feno, capineiras ou silagem), deve estar sempre à disposição do animal e apresentar boa qualidade.