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terça-feira, 7 de agosto de 2007

Anatomia e fisiologia da úbere



Equipe de Bovinocultura de Leite/FZEA-USP

Anatomia de úbere

Canal galactóforo; Cisterna; Canais lactíferos; Tecidos Glandulares; Veias; Artéria; Gânglio linfático.

Fisiologia da glândula mamária

O desenvolvimento da glândula mamária ocorre em várias fases:

- Recém-nascido (hormônios maternos) pré-puberal;
- Puberal (hormônios ovarianos, principalmente);
- Cíclico (estrogênio e também progesterona);
- Gravídico (estrogênio e progesterona da gestação)

Fatores do desenvolvimento da glândula mamária de maneira geral, pode-se dizer que os estrogênios desenvolvem os dutos da glândula mamária, enquanto o progesterona promove o desenvolvimento dos alvéolos. A glândula mamária desenvolve quando:

- não amamenta;
- após a castração;
- na menopausa.

Como se produz o leite

Fases de secreção (produção) da glândula mamária a produção do leite se inicia pela ação da prolactina da hipófise anterior, que estimula diretamente as células produtoras do leite dos alvéolos da mama. Leite é sangue transformado; nasce no úbere (composto por quatro glândulas mamárias que transformam componentes sanguíneos em alimento). O úbere é dividido em quatro partes, correspondendo cada uma a um teto. Vazio, o úbere pesa cerca de 15kg, podendo comportar até + ou- 40 kg de leite. Para cada litro de leite produzido, passa pela glândula mamária cerca de 300 a 500litros de sangue, portanto, uma boa vaca leiteira deve ter o úbere muito bem irrigado pela rede sanguínea.

Logo após o parto, a desinibição da hipófise anterior pela queda dos estrogênios e progesterona circulantes, leva a um aumento abrupto da secreção de prolactina que, agindo sobre a glândula mamária plenamente desenvolvida pelos hormônios da gestação, irá promover a produção do leite. A manutenção da produção normal do leite, depende da produção de prolactina, do hormônio de crescimento, pequena quantidade de estrogênio presente , do funcionamento da tireóide, da supra renal e do sistema nervoso. E necessária ainda uma alimentação adequada e ausência de doenças em geral.

A amamentação e o esvaziamento da glândula mamária são os fatores estimulantes da produção de prolactina. O não esvaziamento adequado da glândula implica na cessação da produção do leite. A produção do leite também poderá ser suspensa mediante a administração de doses elevadas de estrogênios, que impedirão a secreção de prolactina pela hipófise.

A expulsão do leite

Ao se iniciar e durante o ato de mamar, a sensação táctil gera estímulos, que por via nervosa, vão até o SNC (sistema nervoso central) estimulando o hipotálamo a produzir e a hipófise posterior a liberar ocitocina para a circulação. Esta, na glândula mamária, provoca a contração das células mioepiteliais dos alvéolos e a musculatura lisa dos dutos, propulsionando o leite ali formado na cisterna da mama. A compressão dessas cisternas provoca a saída do leite.

Sob a ação o ocitocina, a canulação das cisternas faz o leite jorrar espontaneamente. Em alguns casos, isto ocorre mesmo sem a canulação. A prolactina também é secretada sob controle do arco reflexo descrito.

Fenômenos relacionados com o ato de mamar, o mugido do bezerro, os ruídos do balde de ordenha, etc, podem desencadear o reflexo, que por sua vez também pode ser abolido por diversos fatores, como susto, a substituição de um ordenhador por outro, etc., através da liberação do hormônio adrenalina.

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